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30/09/2006
-
13h59
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Parentes e amigos dos passageiros do avião da Gol que caiu no município de Peixoto de Azevedo (MT) nesta sexta-feira dizem estar inconformados com a falta de notícias o incidente. A principal dúvida é sobre a existência ou não de sobreviventes.
A maioria dos parentes está num hotel em Brasília à espera de notícias. A informação que a companhia aérea irá conceder uma coletiva para a imprensa nesta tarde, em São Paulo, revoltou alguns familiares.
Uma mulher que preferiu não se identificar disse que tem cinco amigos no avião e que a Gol deveria antecipar as informações para os familiares. Os parentes foram informados que poderão acompanhar a entrevista do hotel, por meio da televisão.
"Com tanta tecnologia que temos a disposição não é possível que as pessoas ainda não tenham informações sobre os passageiros. A nossa maior angústia é a falta de informação. A Gol não nos deu nenhuma informação oficial até agora se há sobreviventes, mas há um clima de esperança por causa dos boatos de que pessoas estariam sendo resgatadas", disse a jornalista Débora Figueiredo, 45. Ela está no hotel em busca de informações do antropólogo Andréas Kowalski, que estava em Manaus a trabalho.
Débora contou que ele iria retornar à Brasília na próxima semana, mas decidiu antecipar a viagem para ficar mais tempo com a família.
"É horroroso, parece que isso nunca vai acontecer com a gente", desabafou Antonio Lisboa,49, tio de Rafael Barreto, 29, que estava no vôo da Gol. Ele, no entanto, poupa a companhia de críticas. "Nós sabemos que eles só podem passar informações quando elas estão confirmadas, ao contrário da imprensa que pode especular mais."
A Gol tem realizado reuniões de meia em meia hora com os familiares e amigos dos passageiros que estão em Brasília. Quartos de um hotel foram disponibilizados para familiares, mas a maioria prefere ficar numa sala do hotel à espera de informações.
Todos recebem apoio psicológico, mas os próprios profissionais afirmaram sob reserva que estão também exaustos e que não há muito o que fazer neste caso. O clima é de desespero e euforia entre os familiares a cada nova especulação.
Num desses encontros com os porta-vozes da Gol, a empresa disse que o piloto da aeronave é um dos melhores e mais experientes da companhia e que certamente ele usou de todo o profissionalismo para evitar um mal pior.
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Parentes de passageiros da Gol dizem estar desesperados com falta de notícia
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da Folha Online, em Brasília
Parentes e amigos dos passageiros do avião da Gol que caiu no município de Peixoto de Azevedo (MT) nesta sexta-feira dizem estar inconformados com a falta de notícias o incidente. A principal dúvida é sobre a existência ou não de sobreviventes.
A maioria dos parentes está num hotel em Brasília à espera de notícias. A informação que a companhia aérea irá conceder uma coletiva para a imprensa nesta tarde, em São Paulo, revoltou alguns familiares.
Uma mulher que preferiu não se identificar disse que tem cinco amigos no avião e que a Gol deveria antecipar as informações para os familiares. Os parentes foram informados que poderão acompanhar a entrevista do hotel, por meio da televisão.
"Com tanta tecnologia que temos a disposição não é possível que as pessoas ainda não tenham informações sobre os passageiros. A nossa maior angústia é a falta de informação. A Gol não nos deu nenhuma informação oficial até agora se há sobreviventes, mas há um clima de esperança por causa dos boatos de que pessoas estariam sendo resgatadas", disse a jornalista Débora Figueiredo, 45. Ela está no hotel em busca de informações do antropólogo Andréas Kowalski, que estava em Manaus a trabalho.
Débora contou que ele iria retornar à Brasília na próxima semana, mas decidiu antecipar a viagem para ficar mais tempo com a família.
"É horroroso, parece que isso nunca vai acontecer com a gente", desabafou Antonio Lisboa,49, tio de Rafael Barreto, 29, que estava no vôo da Gol. Ele, no entanto, poupa a companhia de críticas. "Nós sabemos que eles só podem passar informações quando elas estão confirmadas, ao contrário da imprensa que pode especular mais."
A Gol tem realizado reuniões de meia em meia hora com os familiares e amigos dos passageiros que estão em Brasília. Quartos de um hotel foram disponibilizados para familiares, mas a maioria prefere ficar numa sala do hotel à espera de informações.
Todos recebem apoio psicológico, mas os próprios profissionais afirmaram sob reserva que estão também exaustos e que não há muito o que fazer neste caso. O clima é de desespero e euforia entre os familiares a cada nova especulação.
Num desses encontros com os porta-vozes da Gol, a empresa disse que o piloto da aeronave é um dos melhores e mais experientes da companhia e que certamente ele usou de todo o profissionalismo para evitar um mal pior.
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