30/09/2006 - 15h16

Parentes de passageiros do avião da Gol fazem apelo por mais informações

CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio

A mulher de um sanitarista da Fiocruz que estava no vôo da Gol, Sonia Dória, fez um apelo para que as autoridades dêem mais informações sobre os sobreviventes do acidente.

Segundo ela, até agora os familiares e amigos têm apenas informações contraditórias que só causam mais angústia.

"Até agora, não há informação concreta se há ou não sobreviventes e o tempo é preciosíssimo", afirmou Sonia, que está no aeroporto internacional do Rio de Janeiro.

O filho dela, Vitor Dória, disse ter recebido informações de pessoas ligadas à Secretaria de Saúde de que há sobreviventes.

"Mas nem a FAB nem a Anac confirmam [a informação]", disse ela.

Sonia afirmou que seu marido, Nilo Dória, estava há uma semana em Manaus, onde foi prestar consultoria para a Secretaria Municipal de Saúde.

O vôo 1907 da Gol saiu ontem de Manaus e tinha como destino final o Rio de Janeiro. O avião transportava 149 passageiros e seis tripulantes. Durante a viagem, teria colidido com um avião menor, um jato Legacy, que conseguiu fazer pouso de emergência sem feridos na base aérea da serra do Cachimbo.

A dificuldade de acesso ao local do acidente com o Boeing 737-800 da Gol, que caiu no Mato Grosso, a 200 km de Peixoto Azevedo, reduz cada vez mais as chances de que as equipes de resgate localizem sobreviventes.

A FAB só chegou ao local na tarde de hoje, mais de 20 horas após o momento da queda.

Os destroços do Boeing, no entanto, foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.

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