Publicidade
Publicidade
30/09/2006
-
15h25
da Folha Online
O repórter e colunista do diário norte-americano "The New York Times" Joe Sharkey estava a bordo do avião Legacy, da Embraer, que teria colidido com o Boeing 737, do vôo 1907 da Gol Linhas Aéreas, que caiu na região da cidade de Peixoto de Azevedo (MT) nesta sexta-feira.
A porta-voz do "NYT", Catherine Mathis, não confirmou a informação, mas disse, no entanto, que estava em um vôo e que não ficou ferido. Outra porta-voz do jornal americano, Diane McNulty, disse que Sharkey era um dos passageiros a bordo do Legacy e que estava no Brasil a trabalho, para uma revista especializada no setor de jatos executivos.
Segundo o diário, havia sete ocupantes no avião; a Infraero, no entanto, afirmou que eram cinco.
O vôo 1907 saiu de Manaus e seguia para Brasília, ontem. Transportava 149 passageiros e seis tripulantes. Durante a viagem, teria colidido com um avião menor, um jato Legacy, que conseguiu fazer pouso de emergência sem feridos na base aérea da serra do Cachimbo.
Os destroços do Boeing, no entanto, foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.
A Gol Linhas Aéreas divulgou a lista de passageiros na madrugada de hoje.
Assim que forem localizados, os corpos das vítimas serão levados para a base aérea do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará.
Investigação
Integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) especializados em segurança ainda irão iniciar as investigações sobre as causas do acidente --a conclusão pode demorar três meses ou mais para sair, afirmou Denise Abreu, diretora do órgão.
O piloto, o comandante Décio Chaves Jr., tinha 10 mil horas de vôo. A Gol informou que o avião desaparecido era novo --tinha apenas 200 horas de vôo. Segundo a empresa aérea, o Boeing foi recebido do fabricante em 12 de setembro passado.
O piloto do Legacy já foi ouvido, mas não foram divulgados detalhes de suas declarações --a Infraero tampouco não informou o nome dos passageiros do jato.
Perguntas
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, piloto experiente, é preciso descobrir o motivo de dois aviões bem equipados e novos estarem no mesmo nível, quando deveriam estar a uma distância mínima de 300 metros. 'São aviões com equipamentos anticolisão. Precisamos saber por que eles não evitaram o acidente', disse o tenente-brigadeiro.
Pereira também levantou a necessidade de esclarecimentos acerca do fato de qual avião estaria acima ou abaixo do nível correto, e ressaltou que a altura das aeronaves, entre 36 e 37 mil pés, é completamente visualizada por radares.
Na velocidade em que os aviões estavam, de acordo com Pereira, seria impossível aos pilotos fazerem qualquer identificação visual de outro avião. No entanto, os equipamentos deveriam ter alertado sobre a possibilidade de rotas coincidentes.
Quando isso acontece, o sistema alerta o piloto com sinais sonoros e luminosos, além de orientar o procedimento. 'O piloto não precisa raciocinar, basta seguir a orientação', explicou.
Relatos
O radioamador Laudir Benevides, 56, morador de Alexânia (GO), disse ter avisado a Polícia Civil de Brasília sobre o desaparecimento do avião. Ele disse que estava com outros radioamadores quando a freqüência foi interrompida por um rapaz que afirmou ter visto um avião de grande porte voando baixo perto da fazenda Jarinã, na cidade de Matupá (MT), e depois escutado um estrondo. 'Possivelmente seria uma explosão', disse.
Segundo afirmou à Folha Online, após avisar a polícia, funcionários da Gol entraram em contato com ele. De acordo com Benevides, o local apontado 'é uma área de difícil acesso'.
Pilotos de táxi aéreo da região norte de Mato Grosso ouvidos pela Agência Folha também disseram que moradores de uma fazenda Jarinã, próxima à cidade de Peixoto de Azevedo (701 km ao norte de Cuiabá) ligaram para o piloto Silvio Corrêa e pediram o telefone do Campo de Provas da Serra do Cachimbo, após ouvirem a possível explosão.
Leia mais
Mulher escapa por falta de passagem da Gol
Gol divulga lista de passageiros do vôo 1907
Criada em 2001, Gol cresceu nos últimos meses após crise da Varig
Especial
Leia o que já foi publicado sobre acidentes aéreos
Leia a cobertura completa sobre o desaparecimento do vôo 1907 da Gol
Repórter do "NYT" estava no Legacy que teria colidido com avião da Gol
Publicidade
O repórter e colunista do diário norte-americano "The New York Times" Joe Sharkey estava a bordo do avião Legacy, da Embraer, que teria colidido com o Boeing 737, do vôo 1907 da Gol Linhas Aéreas, que caiu na região da cidade de Peixoto de Azevedo (MT) nesta sexta-feira.
A porta-voz do "NYT", Catherine Mathis, não confirmou a informação, mas disse, no entanto, que estava em um vôo e que não ficou ferido. Outra porta-voz do jornal americano, Diane McNulty, disse que Sharkey era um dos passageiros a bordo do Legacy e que estava no Brasil a trabalho, para uma revista especializada no setor de jatos executivos.
Segundo o diário, havia sete ocupantes no avião; a Infraero, no entanto, afirmou que eram cinco.
O vôo 1907 saiu de Manaus e seguia para Brasília, ontem. Transportava 149 passageiros e seis tripulantes. Durante a viagem, teria colidido com um avião menor, um jato Legacy, que conseguiu fazer pouso de emergência sem feridos na base aérea da serra do Cachimbo.
Os destroços do Boeing, no entanto, foram localizados por volta das 9h deste sábado por militares em uma fazenda no alto Xingu, entre Pará e Mato Grosso.
A Gol Linhas Aéreas divulgou a lista de passageiros na madrugada de hoje.
Assim que forem localizados, os corpos das vítimas serão levados para a base aérea do Cachimbo, em Novo Progresso, no Pará.
Investigação
Integrantes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) especializados em segurança ainda irão iniciar as investigações sobre as causas do acidente --a conclusão pode demorar três meses ou mais para sair, afirmou Denise Abreu, diretora do órgão.
O piloto, o comandante Décio Chaves Jr., tinha 10 mil horas de vôo. A Gol informou que o avião desaparecido era novo --tinha apenas 200 horas de vôo. Segundo a empresa aérea, o Boeing foi recebido do fabricante em 12 de setembro passado.
O piloto do Legacy já foi ouvido, mas não foram divulgados detalhes de suas declarações --a Infraero tampouco não informou o nome dos passageiros do jato.
Perguntas
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, piloto experiente, é preciso descobrir o motivo de dois aviões bem equipados e novos estarem no mesmo nível, quando deveriam estar a uma distância mínima de 300 metros. 'São aviões com equipamentos anticolisão. Precisamos saber por que eles não evitaram o acidente', disse o tenente-brigadeiro.
Pereira também levantou a necessidade de esclarecimentos acerca do fato de qual avião estaria acima ou abaixo do nível correto, e ressaltou que a altura das aeronaves, entre 36 e 37 mil pés, é completamente visualizada por radares.
Na velocidade em que os aviões estavam, de acordo com Pereira, seria impossível aos pilotos fazerem qualquer identificação visual de outro avião. No entanto, os equipamentos deveriam ter alertado sobre a possibilidade de rotas coincidentes.
Quando isso acontece, o sistema alerta o piloto com sinais sonoros e luminosos, além de orientar o procedimento. 'O piloto não precisa raciocinar, basta seguir a orientação', explicou.
Relatos
O radioamador Laudir Benevides, 56, morador de Alexânia (GO), disse ter avisado a Polícia Civil de Brasília sobre o desaparecimento do avião. Ele disse que estava com outros radioamadores quando a freqüência foi interrompida por um rapaz que afirmou ter visto um avião de grande porte voando baixo perto da fazenda Jarinã, na cidade de Matupá (MT), e depois escutado um estrondo. 'Possivelmente seria uma explosão', disse.
Segundo afirmou à Folha Online, após avisar a polícia, funcionários da Gol entraram em contato com ele. De acordo com Benevides, o local apontado 'é uma área de difícil acesso'.
Pilotos de táxi aéreo da região norte de Mato Grosso ouvidos pela Agência Folha também disseram que moradores de uma fazenda Jarinã, próxima à cidade de Peixoto de Azevedo (701 km ao norte de Cuiabá) ligaram para o piloto Silvio Corrêa e pediram o telefone do Campo de Provas da Serra do Cachimbo, após ouvirem a possível explosão.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice