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30/10/2006 - 20h12

Controladores de vôo devem assumir vagas de colegas afastados

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da Folha Online

Seis controladores de tráfego aéreo remanejados para assumir as vagas de colegas afastados após a queda do Boeing da Gol, há um mês, devem assumir os postos até a próxima quinta-feira (2 de novembro). Segundo informações da FAB (Força Aérea Brasileira), o grupo iniciou o treinamento no domingo (29).

Após o acidente, que resultou na morte dos 154 ocupantes do avião da Gol, oito controladores foram afastados. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.

O número desfalcado de controladores no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília, e o excesso de tráfego aéreo têm causado atrasos nos principais aeroportos do país nos últimos dias, afirma a Aeronáutica.

Na tarde desta segunda, foram interrompidos, por diferentes períodos, as decolagens nos aeroportos de Brasília, Santos Dumont e Galeão, no Rio, Cumbica e Congonhas, em São Paulo, Confins e Pampulha, em Minas Gerais, e em Vitória. Os atrasos seriam, ainda, conseqüência de uma operação-padrão dos controladores de tráfego, o que é negado pela FAB.

Os problemas são atribuídos a mudanças no gerenciamento do tráfego aéreo. Com isso, as aeronaves que cruzariam o espaço aéreo sob responsabilidade do Cindacta 1 ficaram retidas em solo por mais tempo --o espaçamento entre as decolagens foi de aproximadamente 20 minutos.

Depoimentos

Os controladores de tráfego aéreo que começariam a ser ouvidos pela PF (Polícia Federal) nesta segunda-feira sobre o acidente com o Boeing alegaram problemas de saúde e faltaram à audiência. No total, dez controladores e supervisores seriam ouvidos em local reservado, para evitar vazamento de informação. O delegado da PF Renato Sayão pediu que eles apresentem atestados médicos.

O avião da Gol caiu com 154 pessoas a bordo depois de colidir com um jato Legacy. O Boeing havia saído de Manaus e faria uma escala em Brasília antes de seguir para o Rio. Todos os ocupantes do Boeing morreram. O Legacy, da empresa norte-americana ExcelAire, conseguiu pousar na base aérea da serra do Cachimbo, apesar de danos na asa. Nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficou ferido.

O acidente --o maior da história do país-- é investigado por uma comissão de autoridades brasileiras e estrangeiras do setor; pela Polícia Civil de Mato Grosso e pela PF. Os dois últimos órgãos deverão pedir a prorrogação do prazo para conclusão dos inquéritos.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online, RENATO SANTIAGO e GABRIELA MANZINI, da Folha Online

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