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31/10/2006 - 09h02

Feriado deve aumentar caos nos aeroportos

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da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha de S.Paulo

O caos nos aeroportos promete ser maior amanhã, véspera do feriado prolongado de Finados, quando há maior movimento de aviões e passageiros. A quarta-feira pode ser a data mais crítica desde que começaram os protestos dos controladores de tráfego aéreo também porque a categoria ameaça intensificar essa mobilização.

Um oficial da FAB (Força Aérea Brasileira) que não quer se identificar admitiu à Folha que a preocupação com a atividade dos controladores de tráfego aéreo aumenta muito em véspera de feriado e às sextas. Desta vez, será ainda maior.

Os controladores, nesses dias, chegam a monitorar até 20 vôos em locais onde a limitação do manual operacional da Aeronáutica é 14, explica esse oficial da FAB. Por exemplo, nas rotas de Congonhas. Com essa situação, é previsível que haja atrasos em vários aeroportos. Muitos vôos da rota Norte/Nordeste-Sudeste, passam por Brasília, onde a situação é mais crítica.

Reivindicações

A categoria dos controladores aéreos reivindica que tem sobrecarga de trabalho, acima do recomendado por normas internacionais de aviação, ameaçando a segurança.

A Aeronáutica tem um manual operacional que prevê a quantidade de vôos que podem ficar sob responsabilidade de um controlador de tráfego aéreo em cada região do país. O número varia conforme a avaliação de risco, definida por parâmetros da Icao (sigla em inglês para a Organização Internacional de Aviação Civil).

Em Brasília os profissionais do centro de controle (que cuida das aeronaves em cruzeiro durante a rota) têm a orientação de monitorar até 14 vôos. O limite reduz no centro de aproximação, que cuida da área mais próxima ao aeroporto.

Para Adalberto Febeliano, vice-presidente da Associação Brasileira de Aviação Geral e engenheiro aeronáutico, no Brasil as normas internacionais não são seguidas ao pé-da-letra. "Quando eu digo que essas normas são desrespeitadas, não é na África que elas são ignoradas. Elas são ignoradas justamente onde o tráfego aéreo é mais intenso." Ele afirma que o mesmo acontece em países que possuem tráfego aéreo muito intenso, como EUA, México, Canadá e na Europa.

O oficial da FAB que falou com a reportagem admitiu haver desrespeito às normas do manual da Aeronáutica, mas não diariamente --apenas em dias de grande movimento.

Ele defende, entretanto, que isso não representa riscos por não ser tão freqüente, porque há estratégias de revezamento entre os funcionários para evitar sobrecarga por muito tempo e porque os chefes só permitem que alguém cuide de mais aeronaves se confiar na pessoa. Ele avalia que a mobilização dos controladores de tráfego em Brasília é motivada mais pela questão salarial --alvo de insatisfação dos militares-- que por condições de trabalho.

Ronaldo Jenkins, coordenador de segurança do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias, diz que é "histórica" a reclamação dos controladores de tráfego devido aos salários.

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