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02/11/2006 - 11h51

Atrasos em vôos chegam a 15 horas; espera afeta principais aeroportos

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da Folha Online

No sétimo dia seguido de atrasos e cancelamentos de vôos nos principais terminais do país, a espera no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos), chegou a 15 horas, na manhã desta quinta-feira. Muitos passageiros passaram a madrugada no saguão, aguardando o embarque.

Nos principais aeroportos, os atrasos causaram tumulto entre passageiros e funcionários de companhias aéreas neste feriado de Finados. A situação mais crítica está nos aeroportos de São Paulo.

Poucos vôos foram confirmados em Cumbica e em Congonhas. Os passageiros também enfrentam dificuldades para obter informações nos balcões da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) por causa da sobrecarga de ligações.
Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem
Passageiros lotam saguão do aeroporto de Congonhas, em SP, na manhã desta quinta
Passageiros lotam saguão do aeroporto de Congonhas, em SP, na manhã desta quinta


No aeroporto Tom Jobim, no Rio, 23 pousos foram cancelados, assim como 19 decolagens. De acordo com a Infraero, não há como precisar o número de vôos atrasados. No aeroporto Santos Dumont nenhum vôo foi confirmado na manhã desta quinta.

No Tom Jobim, o saguão está lotado, e, passageiros, revoltados, danificaram o balcão da Gol. A polícia foi acionada para coibir novos tumultos. Em Cumbica, discussões foram registradas.

Os atrasos causam um efeito cascata nos terminais do país. Cansados, alguns passageiros desistiram da viagem nos aeroportos.

Em Minas, todos os vôos marcados estão atrasados nos aeroportos da Pampulha e Tancredo Neves.

Em Salvador, o aeroporto Luís Eduardo Magalhães registra somente previsão de vôos de chegada e partida para o período da tarde. No aeroporto de Brasília, de acordo com a Infraero, a situação foi normalizada pela manhã, embora com atrasos.

Crise

A crise nos aeroportos começou na última sexta-feira (27), quando controladores de tráfego aéreo de Brasília decidiram iniciar uma operação-padrão e elevaram a distância entre os aviões, reduzindo para 14 o número de aeronaves vigiadas por controlador. Eles afirmam que a medida foi tomada em adequação às recomendações internacionais de segurança.

Nos últimos dias, o governo federal anunciou medidas para tentar conter a crise, mas nenhuma surtiu efeito ainda. Entre as ações estão o remanejamento de rotas e a criação de um grupo formado por representantes de empresas aéreas, controladores de radar e funcionários da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para avaliar as prioridades dos vôos.

Além disso, de acordo com informações do Ministério da Defesa, na sexta-feira (3), circulará no "Diário Oficial" da União medida provisória que autoriza a contratação de 60 pessoas, por prazo determinado, "imprescindível ao controle do tráfego aéreo". As contratações terão duração máxima até 31 de dezembro de 2007.

Na quarta-feira (1), o presidente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), brigadeiro José Carlos Pereira, disse acreditar que a situação voltará ao normal somente no Natal. Para ele, as medidas anunciadas trarão "melhorias gradativas". Já para o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho, a crise deve durar mais dez dias, aproximadamente --prazo previsto para treinamento de controladores remanejados para o Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), com sede em Brasília. O setor está desfalcado desde o afastamento de oito controladores, após a queda do Boeing da Gol que deixou 154 mortos em Mato Grosso.

Também na quarta, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) anunciou a ampliação do horário de pousos e decolagens de vôos comerciais no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A medida emergencial, com validade por 30 dias, visa a diminuir os atrasos generalizados em vôos. Pousos e decolagens serão permitidos até 1h30 --antes, o horário limite era 23h.

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