Publicidade
Publicidade
02/11/2006
-
09h44
MAELI PRADO
da Folha de S.Paulo
A operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (o sistema de controle de tráfego aéreo com sede em Brasília) afeta tantos vôos porque o centro controla cerca de 85% dos vôos regulares realizados no Brasil.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, os controladores do centro são responsáveis por uma média de 3.000 vôos diários.
A área de responsabilidade do centro abrange zonas localizadas desde o norte do Paraná até o sul da Bahia. Estão incluídos, além do Centro-Oeste, Estados importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Há outros três centros integrados de defesa aérea e controle do tráfego aéreo no Brasil: o Cindacta-2 é responsável pela região Sul do país, o Cindacta-3 pela região Nordeste e o Cindacta-4 pela Amazônia.
Efeito cascata
Para especialistas no setor, o efeito da operação-padrão também é tão grande devido ao chamado "efeito cascata". Um vôo que sai mais tarde atrasa uma série de outros vôos que seriam feitos com aquela aeronave.
"O avião não faz um único vôo. Voa no mínimo entre 8 e 10 horas por dia, para maximizar a rentabilidade. Se há atraso em um local, isso acaba comprometendo vôos por todo o país. Se atrasa em Brasília, isso compromete a rede toda", diz o especialista em segurança de vôo Ronaldo Jenkins, do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas). "É o efeito cascata."
Segundo o consultor especializado Paulo Bittencourt Sampaio, uma das maneiras de aumentar a utilização dos aviões é fazê-los voar nas linhas mais diferentes possíveis, o que potencializa o impacto da operação-padrão sobre outras regiões.
"Se um avião faz trechos curtos o dia inteiro, fica mais tempo parado nos aeroportos. O tempo de solo e de vôo começam a ficar parecidos", afirma Sampaio.
Ele lembra também que os aeroportos principais, como os localizados em São Paulo, Rio e Brasília, são grandes centros de conexões. "Se um vôo vem atrasado, as conexões também atrasarão", diz.
Leia mais
Tumultos marcam sétimo dia de atrasos em aeroportos
Associação de defesa dos passageiros de vôos irá cobrar indenização na Justiça
Ministro da Defesa diz que desconhecia reivindicações de controladores
Especial
Leia o que já foi publicado sobre atrasos em vôos
Leia a cobertura completa sobre a crise no tráfego aéreo
Centro no DF controla 85% dos vôos regulares
Publicidade
da Folha de S.Paulo
A operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo do Cindacta-1 (o sistema de controle de tráfego aéreo com sede em Brasília) afeta tantos vôos porque o centro controla cerca de 85% dos vôos regulares realizados no Brasil.
De acordo com o Comando da Aeronáutica, os controladores do centro são responsáveis por uma média de 3.000 vôos diários.
A área de responsabilidade do centro abrange zonas localizadas desde o norte do Paraná até o sul da Bahia. Estão incluídos, além do Centro-Oeste, Estados importantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Há outros três centros integrados de defesa aérea e controle do tráfego aéreo no Brasil: o Cindacta-2 é responsável pela região Sul do país, o Cindacta-3 pela região Nordeste e o Cindacta-4 pela Amazônia.
Efeito cascata
Para especialistas no setor, o efeito da operação-padrão também é tão grande devido ao chamado "efeito cascata". Um vôo que sai mais tarde atrasa uma série de outros vôos que seriam feitos com aquela aeronave.
"O avião não faz um único vôo. Voa no mínimo entre 8 e 10 horas por dia, para maximizar a rentabilidade. Se há atraso em um local, isso acaba comprometendo vôos por todo o país. Se atrasa em Brasília, isso compromete a rede toda", diz o especialista em segurança de vôo Ronaldo Jenkins, do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas). "É o efeito cascata."
Segundo o consultor especializado Paulo Bittencourt Sampaio, uma das maneiras de aumentar a utilização dos aviões é fazê-los voar nas linhas mais diferentes possíveis, o que potencializa o impacto da operação-padrão sobre outras regiões.
"Se um avião faz trechos curtos o dia inteiro, fica mais tempo parado nos aeroportos. O tempo de solo e de vôo começam a ficar parecidos", afirma Sampaio.
Ele lembra também que os aeroportos principais, como os localizados em São Paulo, Rio e Brasília, são grandes centros de conexões. "Se um vôo vem atrasado, as conexões também atrasarão", diz.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice