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20/11/2006 - 13h08

Balanço mostra atrasos de mais de 45 minutos em 35,7% dos vôos

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da Folha Online

Balanço divulgado por volta das 12h pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que 288 dos 807 vôos programados sofreram atrasos de mais de 45 minutos nesta segunda-feira --35,7% do total.

O número sobe se considerados os atrasos com mais de 15 minutos. De acordo com a Infraero, porém, a espera de até meia hora é considerada aceitável.

Os atrasos desta segunda são atribuídos pela Aeronáutica à chuva e ao rompimento de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2, que coordena o espaço aéreo da região Sul do país. O problema ocorreu no domingo (19), durante o temporal que atingiu Curitiba.

A falha afetou a transmissão de dados necessária para o controle do tráfego aéreo e prejudica vôos nacionais e internacionais, inclusive aqueles que passam pela região Sul sem pousar na região.

Controladores ouvidos pela reportagem confirmam que a pane causou a série de atrasos. Além disso, um avião de pequeno porte que deslizou na pista e parou no gramado de Congonhas (SP), na noite de domingo, também teria contribuído para os problemas. Por aproximadamente duas horas, as operações foram realizadas pela pista auxiliar do aeroporto.

Devido aos problemas, em alguns casos, passageiros precisaram passar a noite nos terminais, o que gerou protestos, como no aeroporto Afonso Pena (PR), onde um grupo que deveria ter embarcado na noite de domingo invadiu a pista na manhã desta segunda.

Procurado pela reportagem, o setor de Comunicação Social da Aeronáutica informou que os reparos no cabo danificado foram concluídos durante a madrugada.

Atrasos

Os atrasos atingem os principais aeroportos do país, em um efeito bola-de-neve.

Em São Paulo, além dos reflexos causados pelo rompimento do cabo no Sul, a chuva contribuiu para aumentar os atrasos.

No domingo, as operações no aeroporto de Congonhas (zona sul) ficaram suspensas das 20h20 às 20h55. Por volta das 22h55, uma aeronave particular, de pequeno porte, deslizou e ficou parada no gramado, após o pouso. Nenhum dos seis ocupantes ficou ferido.

Segundo a Infraero, o avião foi removido à 0h48 desta segunda e, durante o período, as operações foram realizadas pela pista auxiliar do aeroporto.

Do início da manhã às 13h, a estatal registrava atrasos em 23 decolagens e 31 pousos em Congonhas. Outros 33 vôos foram cancelados, de acordo com as companhias aéreas.

A espera atinge os principais aeroportos do país. No aeroporto Tancredo Neves (MG), os atrasos passaram de cinco horas, como o caso de um vôo que saiu do Rio e deveria pousar às 7h55. O pouso foi confirmado para as 13h15.

Em Brasília, a Infraero registrava atrasos de até três horas e no aeroporto Tom Jobim, no Rio, um vôo que saiu de Recife deveria ter pousado às 9h40, não havia pousado às 13h15. Outro, com destino a Minas, deveria ter decolado às 7h, mas só saiu às 12h.

Nos aeroportos de Curitiba (PR) e de Porto Alegre (RS), também foram registrados atrasos em torno de quatro horas.

Crise

Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país.

Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.

O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2, feriado de Finados. Na ocasião, o comando da Aeronáutica convocou controladores para o trabalho, como medida emergencial.

O aquartelamento voltou a ocorrer no último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República, quando atrasos eram registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília. A medida foi suspensa no dia seguinte, quando a situação era considerada tranqüila nos terminais.

Com LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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