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20/11/2006 - 16h46

Balanço mostra que atrasos afetam 39,4% dos vôos no país

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da Folha Online

Ao menos 426 dos 1.080 vôos programados para ocorrer entre a manhã e a tarde desta segunda-feira sofreram atrasos de mais de 45 minutos, segundo balanço divulgado por volta das 15h pela Infraero (estatal que administra os aeroportos). O número corresponde a 39,4% do total.

A chuva e o rompimento, no domingo (19), de um cabo de fibra ótica do Cindacta 2 --que coordena o espaço aéreo da região Sul do país-- foram apontados como responsáveis pelos problemas. A espera atinge os principais aeroportos do país, em um efeito bola-de-neve.

A falha afetou a transmissão de dados necessária para o controle do tráfego aéreo e prejudica vôos nacionais e internacionais, inclusive aqueles que passam pela região Sul sem pousar na região.

Em alguns casos, passageiros precisaram passar a noite nos terminais, o que gerou protestos, como no aeroporto Afonso Pena (PR), onde um grupo que deveria ter embarcado na noite de domingo invadiu a pista na manhã desta segunda.

A Infraero considera que a espera acima de 45 minutos é a que melhor expressa os atrasos da aviação comercial. Atrasos de até meia hora são considerados aceitáveis.

Atrasos

A espera diminuiu, na tarde desta segunda, nos aeroportos. Em alguns terminais, porém, os atrasos ainda são grandes.

No aeroporto Tom Jobim, no Rio, um avião que havia saído de Recife e deveria pousar às 9h40, chegou ao local por volta das 16h.

Em São Paulo, um avião que havia saído de Salvador e deveria ter pousado em Congonhas às 6h10, chegou por volta das 16h50.

De acordo com a Infraero, em Brasília, uma aeronave que saiu de Macapá (AP) e deveria ter pousado às 6h30, não havia chegado ao local, às 16h50. Uma decolagem para Congonhas, prevista para às 7h, ainda não havia saído, também às 16h50.

Congonhas

Em São Paulo, além dos reflexos causados pelo rompimento do cabo no Sul, a chuva contribuiu para aumentar os atrasos.

No domingo, as operações no aeroporto de Congonhas (zona sul) ficaram suspensas das 20h20 às 20h55. Por volta das 22h55, uma aeronave particular, de pequeno porte, deslizou e ficou parada no gramado, após o pouso. Nenhum dos seis ocupantes ficou ferido.

Segundo a Infraero, o avião foi removido à 0h48 desta segunda e, durante o período, as operações foram realizadas pela pista auxiliar do aeroporto.

Crise

Desde o final de outubro, os passageiros têm enfrentado constantes atrasos nos principais aeroportos do país.

Inicialmente, os atrasos foram causados pela chamada operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que, de forma isolada, decidiram aumentar o espaçamento entre as decolagens. O objetivo seria garantir a segurança dos vôos. As normas internacionais determinam que cada operador deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.

O resultado do movimento foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. O setor entrou em colapso na madrugada do último dia 2, feriado de Finados. Na ocasião, o comando da Aeronáutica convocou controladores para o trabalho, como medida emergencial.

O aquartelamento voltou a ocorrer no último dia 14, véspera do feriado da Proclamação da República, quando atrasos eram registrados nos principais aeroportos do país. Na ocasião, os problemas seriam resultado da falta de controladores no Cindacta 1, em Brasília. A medida foi suspensa no dia seguinte, quando a situação era considerada tranqüila nos terminais.

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