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21/11/2006
-
10h02
da Folha Online
A PF (Polícia Federal) retoma nesta terça-feira os depoimentos dos controladores de tráfego aéreo que estavam de plantão no último dia 29 de setembro, quando o Legacy da empresa americana de táxi aéreo ExcelAire e o Boeing que fazia o vôo 1907 da Gol colidiram. A queda do avião comercial causou a morte dos 154 ocupantes.
No total, serão ouvidos 13 profissionais --dez do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília, e outros três que estavam em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), de onde decolou o Legacy.
Na segunda (20), prestaram depoimento os três operadores de São Paulo e um de Brasília. O teor das declarações não foi divulgado. O delegado Renato Sayão, de Cuiabá (MT), responsável pelas investigações, não acompanha os depoimentos devido a problemas de saúde, de acordo com a PF.
Também na segunda, o delegado Rubens José Maleiner, da Coordenação de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da PF --que ouve os controladores-- entregou à Aeronáutica ofício que determina que, em 48 horas, os documentos coletados durante a investigação sejam encaminhados à PF.
A decisão é da Justiça Federal em Sinop (MT). A Aeronáutica havia negado acesso à documentação, sob justificativa de que as informações não poderiam ser usadas em procedimentos criminais, conforme prevê a Convenção de Chicago, que rege a aviação internacional.
Depoimentos
Os controladores deveriam ter sido ouvidos em outubro, mas apresentaram atestados médicos e adiaram os depoimentos. Os documentos foram assinados por médicos da própria FAB (Força Aérea Brasileira), e afirmavam que os controladores convocados estavam sob tratamento psiquiátrico.
A expectativa é que os depoimentos ocorram até o final da tarde desta terça e sejam concluídos na quarta (22).
Relatório preliminar sobre as causas do acidente, divulgado no último dia 16 pela Aeronáutica, mostra falhas de comunicação entre os pilotos do Legacy e os controladores de Brasília e confirma que o jato voava na mesma altitude do Boeing no momento da colisão --a 37 mil pés (11,2 km).
Conforme o plano de vôo, o jato, que partiu de São José dos Campos (SP) com destino a Manaus, deveria ter baixado para 36 mil pés em Brasília e, pouco antes do choque, subido para 38 mil pés, altitude que deveria ter sido mantida até Manaus.
Com a colisão, o Boeing da Gol caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso. O Legacy conseguiu pousar, apesar de danos na asa, e nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficaram feridos.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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PF retoma depoimento de controladores sobre queda do avião da Gol
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A PF (Polícia Federal) retoma nesta terça-feira os depoimentos dos controladores de tráfego aéreo que estavam de plantão no último dia 29 de setembro, quando o Legacy da empresa americana de táxi aéreo ExcelAire e o Boeing que fazia o vôo 1907 da Gol colidiram. A queda do avião comercial causou a morte dos 154 ocupantes.
No total, serão ouvidos 13 profissionais --dez do Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília, e outros três que estavam em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), de onde decolou o Legacy.
Na segunda (20), prestaram depoimento os três operadores de São Paulo e um de Brasília. O teor das declarações não foi divulgado. O delegado Renato Sayão, de Cuiabá (MT), responsável pelas investigações, não acompanha os depoimentos devido a problemas de saúde, de acordo com a PF.
Também na segunda, o delegado Rubens José Maleiner, da Coordenação de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da PF --que ouve os controladores-- entregou à Aeronáutica ofício que determina que, em 48 horas, os documentos coletados durante a investigação sejam encaminhados à PF.
A decisão é da Justiça Federal em Sinop (MT). A Aeronáutica havia negado acesso à documentação, sob justificativa de que as informações não poderiam ser usadas em procedimentos criminais, conforme prevê a Convenção de Chicago, que rege a aviação internacional.
Depoimentos
Os controladores deveriam ter sido ouvidos em outubro, mas apresentaram atestados médicos e adiaram os depoimentos. Os documentos foram assinados por médicos da própria FAB (Força Aérea Brasileira), e afirmavam que os controladores convocados estavam sob tratamento psiquiátrico.
A expectativa é que os depoimentos ocorram até o final da tarde desta terça e sejam concluídos na quarta (22).
Relatório preliminar sobre as causas do acidente, divulgado no último dia 16 pela Aeronáutica, mostra falhas de comunicação entre os pilotos do Legacy e os controladores de Brasília e confirma que o jato voava na mesma altitude do Boeing no momento da colisão --a 37 mil pés (11,2 km).
Conforme o plano de vôo, o jato, que partiu de São José dos Campos (SP) com destino a Manaus, deveria ter baixado para 36 mil pés em Brasília e, pouco antes do choque, subido para 38 mil pés, altitude que deveria ter sido mantida até Manaus.
Com a colisão, o Boeing da Gol caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso. O Legacy conseguiu pousar, apesar de danos na asa, e nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficaram feridos.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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