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28/11/2006
-
22h28
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Cuiabá
Os pilotos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol devem ser liberados até o dia 13 de dezembro, mesmo com o provável indiciamento, pela Polícia Federal, por homicídio culposo (sem intenção). O acidente --o maior na história da aviação brasileira-- aconteceu em 29 de setembro e resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing.
Reclusos em um hotel no Rio de Janeiro, os pilotos americanos Jan Paladino e Joseph Lepore estão com passaportes retidos por determinação da Justiça Federal.
Segundo a PF, os pilotos serão ouvidos no inquérito policial do caso --que tramita em Cuiabá (MT)-- na primeira ou na segunda semana de dezembro e, depois, poderão ser liberados pela Justiça Federal. No próximo dia 13 termina o prazo da segunda prorrogação do inquérito do acidente.
A PF informou que os pilotos devem ser indiciados porque não podem alegar falha no equipamento ou de comunicação. "Penso que eles [pilotos] tinham que seguir o plano de vôo, mesmo na falta de contato [com controladores de vôo]", disse o delegado responsável pelo inquérito, Renato Sayão.
"Uma falha de entendimento, por exemplo, já pode configurar culpa. Os pilotos não podem alegar desconhecimento", disse Sayão.
O plano de vôo original do Legacy previa três altitudes: 37 mil pés entre São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) e Brasília, passando para 36 mil pés a partir da capital federal e para 38 mil pés a partir de 480 km de Brasília --em Mato Grosso-- até Manaus. O Legacy, porém, voou todo o tempo a 37 mil pés.
"É certo que houve falha de comunicação entre os pilotos [do Legacy] e os controladores a partir de Brasília. O equipamento [transponder do Legacy] estava funcionando normalmente até Brasília e deixou de funcionar. Resta saber se houve falha ou se foi desligado voluntariamente ou involuntariamente", disse Sayão.
Manaus
A PF vai ouvir na próxima semana quatro controladores de vôo do Cindacta 4 (centro de controle de tráfego aéreo de Manaus), pois considera que o Legacy já estava sob o controle de Manaus na hora do acidente. A PF quer saber porque não houve contato entre os pilotos e o Cindacta 4.
O chefe do Cindacta 4, coronel Eduardo Carcavallo, afirmou que a transferência de controle de Brasília para Manaus já tinha ocorrido antes do ponto da colisão, mas destacou que o Legacy não fez contato com o centro de Manaus antes do acidente.
Carcavallo disse que todos os controladores serão liberados para depoimentos na Polícia Federal, desde que a convocação seja oficial.
Colaborou KÁTIA BRASIL, da Agência Folha
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Pilotos do Legacy devem ser liberados até 13 de dezembro
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da Agência Folha, em Cuiabá
Os pilotos do jato Legacy que colidiu com o Boeing da Gol devem ser liberados até o dia 13 de dezembro, mesmo com o provável indiciamento, pela Polícia Federal, por homicídio culposo (sem intenção). O acidente --o maior na história da aviação brasileira-- aconteceu em 29 de setembro e resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing.
Reclusos em um hotel no Rio de Janeiro, os pilotos americanos Jan Paladino e Joseph Lepore estão com passaportes retidos por determinação da Justiça Federal.
Segundo a PF, os pilotos serão ouvidos no inquérito policial do caso --que tramita em Cuiabá (MT)-- na primeira ou na segunda semana de dezembro e, depois, poderão ser liberados pela Justiça Federal. No próximo dia 13 termina o prazo da segunda prorrogação do inquérito do acidente.
A PF informou que os pilotos devem ser indiciados porque não podem alegar falha no equipamento ou de comunicação. "Penso que eles [pilotos] tinham que seguir o plano de vôo, mesmo na falta de contato [com controladores de vôo]", disse o delegado responsável pelo inquérito, Renato Sayão.
"Uma falha de entendimento, por exemplo, já pode configurar culpa. Os pilotos não podem alegar desconhecimento", disse Sayão.
O plano de vôo original do Legacy previa três altitudes: 37 mil pés entre São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) e Brasília, passando para 36 mil pés a partir da capital federal e para 38 mil pés a partir de 480 km de Brasília --em Mato Grosso-- até Manaus. O Legacy, porém, voou todo o tempo a 37 mil pés.
"É certo que houve falha de comunicação entre os pilotos [do Legacy] e os controladores a partir de Brasília. O equipamento [transponder do Legacy] estava funcionando normalmente até Brasília e deixou de funcionar. Resta saber se houve falha ou se foi desligado voluntariamente ou involuntariamente", disse Sayão.
Manaus
A PF vai ouvir na próxima semana quatro controladores de vôo do Cindacta 4 (centro de controle de tráfego aéreo de Manaus), pois considera que o Legacy já estava sob o controle de Manaus na hora do acidente. A PF quer saber porque não houve contato entre os pilotos e o Cindacta 4.
O chefe do Cindacta 4, coronel Eduardo Carcavallo, afirmou que a transferência de controle de Brasília para Manaus já tinha ocorrido antes do ponto da colisão, mas destacou que o Legacy não fez contato com o centro de Manaus antes do acidente.
Carcavallo disse que todos os controladores serão liberados para depoimentos na Polícia Federal, desde que a convocação seja oficial.
Colaborou KÁTIA BRASIL, da Agência Folha
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