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08/12/2006
-
06h11
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
Circular na avenida Paulista é sinônimo de se inteirar com todos os símbolos de São Paulo. Pessoas ouvidas pela reportagem relatam a diversidade e problemas que afetam a avenida, que completa 115 anos nesta sexta-feira.
"Já andei de bonde e pulei Carnaval na Paulista. Sinto saudades daquele tempo mas ainda acho a Paulista lindíssima", disse a modista Sther de Lima, 72, que desde os 15 gosta de passear na avenida.
"Foi o primeiro lugar que minha mãe me deixou vir sozinha". Atualmente Sther freqüenta a Paulista para ir ao teatro e ao shopping.
Para morar na Paulista é preciso gostar de barulho e movimento, como a professora Shirley Mendonça Ferreira, 70, que há 20 anos mora na avenida e há 15 trabalha na vizinhança --a escola estadual Rodrigues Alves, com 87 anos de história na Paulista.
"Gosto da avenida porque ela é barulhenta. Nada me espanta por aqui, nem correria [de assaltantes], nem batidas [de veículos]", afirma a professora, que tem 50 anos de profissão.
A Paulista é nova para a recepcionista gaúcha Beatriz de Oliveira, 36, que há seis meses trabalha na avenida. Moradora do centro, diariamente enfrenta 40 minutos de ônibus para chegar a seu destino.
"Aqui sempre tem pessoas bonitas, diferentes dos outros lugares, com um visual mais bacana", diz Beatriz.
A gerente de restaurante Beth Vieira de Almeida, 53, tem a mesma opinião. Mesmo para entregar panfletos do lugar onde trabalha, Beth capricha: tailler, salto e colar de pérolas.
"A Paulista é maravilhosa. Todos os dias quando entro e vejo seus prédios eu acho maravilhoso. Todo dia vejo gente bonita. Não há outro lugar melhor para trabalhar", afirma a gerente, que há 20 anos trabalha na Paulista.
Transtorno
Prazer de uns, sacrifício de outros. Para Rodrigo Cardoso Batista, 24, a avenida é um transtorno. Ele reclama, mais precisamente, das calçadas.
Há cinco anos em uma cadeira de rodas, Batista trabalha na Paulista há nove meses e desde então sua rotina para chegar e sair do trabalho é desviar de buracos e desníveis da calçada; procurar por rampas e contar com a colaboração de pedestres para passar por algum obstáculo mais difícil.
"Há alguns dias a roda da frente da cadeira quebrou. Gastei R$ 80 no conserto. Essas calçadas são um prejuízo para quem usa cadeira de rodas", disse Batista.
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Depoimentos relatam diversidade e problemas na Paulista
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Circular na avenida Paulista é sinônimo de se inteirar com todos os símbolos de São Paulo. Pessoas ouvidas pela reportagem relatam a diversidade e problemas que afetam a avenida, que completa 115 anos nesta sexta-feira.
"Já andei de bonde e pulei Carnaval na Paulista. Sinto saudades daquele tempo mas ainda acho a Paulista lindíssima", disse a modista Sther de Lima, 72, que desde os 15 gosta de passear na avenida.
"Foi o primeiro lugar que minha mãe me deixou vir sozinha". Atualmente Sther freqüenta a Paulista para ir ao teatro e ao shopping.
Para morar na Paulista é preciso gostar de barulho e movimento, como a professora Shirley Mendonça Ferreira, 70, que há 20 anos mora na avenida e há 15 trabalha na vizinhança --a escola estadual Rodrigues Alves, com 87 anos de história na Paulista.
"Gosto da avenida porque ela é barulhenta. Nada me espanta por aqui, nem correria [de assaltantes], nem batidas [de veículos]", afirma a professora, que tem 50 anos de profissão.
A Paulista é nova para a recepcionista gaúcha Beatriz de Oliveira, 36, que há seis meses trabalha na avenida. Moradora do centro, diariamente enfrenta 40 minutos de ônibus para chegar a seu destino.
"Aqui sempre tem pessoas bonitas, diferentes dos outros lugares, com um visual mais bacana", diz Beatriz.
A gerente de restaurante Beth Vieira de Almeida, 53, tem a mesma opinião. Mesmo para entregar panfletos do lugar onde trabalha, Beth capricha: tailler, salto e colar de pérolas.
"A Paulista é maravilhosa. Todos os dias quando entro e vejo seus prédios eu acho maravilhoso. Todo dia vejo gente bonita. Não há outro lugar melhor para trabalhar", afirma a gerente, que há 20 anos trabalha na Paulista.
Transtorno
Prazer de uns, sacrifício de outros. Para Rodrigo Cardoso Batista, 24, a avenida é um transtorno. Ele reclama, mais precisamente, das calçadas.
Há cinco anos em uma cadeira de rodas, Batista trabalha na Paulista há nove meses e desde então sua rotina para chegar e sair do trabalho é desviar de buracos e desníveis da calçada; procurar por rampas e contar com a colaboração de pedestres para passar por algum obstáculo mais difícil.
"Há alguns dias a roda da frente da cadeira quebrou. Gastei R$ 80 no conserto. Essas calçadas são um prejuízo para quem usa cadeira de rodas", disse Batista.
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