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22/12/2006
-
12h47
da Folha Online
Somente da 0h às 10h30 desta sexta-feira, 252 dos 657 vôos programados em aeroportos de todo o Brasil sofreram atrasos de mais de uma hora, de acordo com boletim divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O número representa 38,36% do total. Outros 21 foram cancelados. Na TAM, todos os vôos estão ao menos três horas atrasados.
De acordo com as informações da agência, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, registraram mais atrasos superiores a uma hora --respectivamente, 30 e 27.
Na quinta-feira (21), da 0h às 17h, 539 dos 1.227 vôos previstos --43,92% do total-- atrasaram mais de uma hora. Outros 47 foram cancelados.
Os problemas começaram na noite de terça-feira (19), quando Congonhas ficou fechado por cerca de 50 minutos devido ao mau tempo. Segundo a Anac, a medida provocou um "efeito dominó" agravado pela manutenção não-programada de seis aeronaves da TAM e a queda da rede de dados da mesma companhia no balcão do aeroporto Tom Jobim, no Rio.
Os aeroportos de São Paulo amanheceram com saguões e salas de embarque lotadas pelo terceiro dia consecutivo. Há filas e tumulto também nos aeroportos do Rio.
Na quinta, pessoas revoltadas com a falta de informação e assistência promoveram diversos protestos. Logo no começo da manhã, no Tom Jobim, a PF (Polícia Federal) deteve o médico Roberto Maurício Ferreira Ribeiro, 53, que invadiu o balcão da TAM e disse que só sairia preso. Ele foi levado à delegacia e solto depois de assinar um termo no qual se comprometeu a responder na Justiça sobre o caso.
Em Brasília, um pequeno grupo de passageiros invadiu a pista de pousos e decolagens para protestar, sob forte chuva. Foi retirado minutos depois, pela PF.
Culpa das aéreas
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, culparam o mau tempo --e o conseqüente fechamento de Congonhas-- e as companhias aéreas pelos problemas desta semana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em duas ocasiões distintas, criticou as aéreas, a Anac, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e a Aeronáutica pela falta de informações. "Eu quero soluções para que as pessoas passem o Natal e o Ano Novo com uma certa tranqüilidade."
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
Para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a situação nos aeroportos do país só deve ser inteiramente normalizada no primeiro semestre de 2007.
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Somente da 0h às 10h30 desta sexta-feira, 252 dos 657 vôos programados em aeroportos de todo o Brasil sofreram atrasos de mais de uma hora, de acordo com boletim divulgado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O número representa 38,36% do total. Outros 21 foram cancelados. Na TAM, todos os vôos estão ao menos três horas atrasados.
De acordo com as informações da agência, os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, registraram mais atrasos superiores a uma hora --respectivamente, 30 e 27.
Na quinta-feira (21), da 0h às 17h, 539 dos 1.227 vôos previstos --43,92% do total-- atrasaram mais de uma hora. Outros 47 foram cancelados.
Os problemas começaram na noite de terça-feira (19), quando Congonhas ficou fechado por cerca de 50 minutos devido ao mau tempo. Segundo a Anac, a medida provocou um "efeito dominó" agravado pela manutenção não-programada de seis aeronaves da TAM e a queda da rede de dados da mesma companhia no balcão do aeroporto Tom Jobim, no Rio.
Os aeroportos de São Paulo amanheceram com saguões e salas de embarque lotadas pelo terceiro dia consecutivo. Há filas e tumulto também nos aeroportos do Rio.
Na quinta, pessoas revoltadas com a falta de informação e assistência promoveram diversos protestos. Logo no começo da manhã, no Tom Jobim, a PF (Polícia Federal) deteve o médico Roberto Maurício Ferreira Ribeiro, 53, que invadiu o balcão da TAM e disse que só sairia preso. Ele foi levado à delegacia e solto depois de assinar um termo no qual se comprometeu a responder na Justiça sobre o caso.
Em Brasília, um pequeno grupo de passageiros invadiu a pista de pousos e decolagens para protestar, sob forte chuva. Foi retirado minutos depois, pela PF.
Culpa das aéreas
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, e o comandante do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), o major-brigadeiro-do-ar Paulo Hortênsio Albuquerque Silva, culparam o mau tempo --e o conseqüente fechamento de Congonhas-- e as companhias aéreas pelos problemas desta semana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em duas ocasiões distintas, criticou as aéreas, a Anac, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) e a Aeronáutica pela falta de informações. "Eu quero soluções para que as pessoas passem o Natal e o Ano Novo com uma certa tranqüilidade."
Final de ano
Os problemas acontecem às vésperas dos feriados de final de ano e apenas um dia depois de o presidente da Anac ter previsto "tranqüilidade" e "normalidade".
Desde outubro último, o setor aéreo enfrentou diversas seqüências de atrasos e cancelamentos de vôos. No começo, elas foram causadas pela operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. Recentemente, porém, houve atrasos provocados por uma pane e, agora, pelo fechamento de Congonhas.
Para o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), a situação nos aeroportos do país só deve ser inteiramente normalizada no primeiro semestre de 2007.
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