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12/01/2007 - 18h59

Solo ainda cede após acidente em obra do metrô; equipes procuram vítima

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da Folha Online

Após o acidente no canteiro de obras da estação Pinheiros do Metrô (zona oeste de São Paulo), onde houve um desabamento por volta das 15h desta sexta-feira, o solo não parou de ceder e ainda há riscos na região. No início da noite, ruas próximas permaneciam interditadas e equipes buscavam possíveis vítimas. O acidente complica o trânsito na marginal Pinheiros e em outras vias.

O desabamento ampliou um buraco já usado pela empreiteira para descer veículos e equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. A cratera "engoliu" veículos. Imóveis foram esvaziados.

O inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, afirmou que os funcionários ouviram um grande estalo e viram poeira minutos antes do desabamento. Segundo ele, o barulho chamou a atenção e todos conseguiram deixar o local antes do acidente.

Sartori afirmou que 12 veículos estavam no entorno da estrutura, e todos caíram na cratera. Um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e de 50 toneladas ameaça cair no buraco. Técnicos avaliam a possibilidade de remover o equipamento ou tombá-lo.
Murilo Garavello/UOL
Cratera em obra do Metrô engole caminhões
Cratera em obra do Metrô engole caminhões


O secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, afirmou que ainda não é possível determinar as causas do acidente. Ele confirma que não há funcionários da obra soterrados, mas o motorista de um dos veículos que caiu na cratera não foi localizado.

Representantes de uma cooperativa afirmaram ter pedido contato com funcionários de um microônibus que estaria na região no momento do desabamento. Não há confirmação se o veículo também caiu na cratera. Um cão farejador auxilia as buscas.

A Defesa Civil avalia ainda os imóveis e não há previsão para a liberação. Avaliação preliminar da Subprefeitura de Pinheiros aponta que ao menos 70 casas, além de imóveis residências, foram esvaziadas.

O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- está no local para cadastrar as famílias afetadas. Elas deverão ser levadas a hotéis até a liberação das moradias.

O secretário dos Transportes Metropolitanos afirma que os trabalhos, inicialmente, se concentram na busca de vítimas. Depois, as equipes avaliarão as causas do desabamento.

Devido ao acidente, a marginal Pinheiros sofre interdições no sentido Castello Branco, nas pistas expressa e local, na altura da rua Sumidouro.

Acidente

Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro. Seis operários escavavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.

Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.

Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.

Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.

Luz

Há falta de luz na região. Estão sem energia elétrica trechos das ruas Capri e Gilberto Sabino. Também foram afetadas as ruas Sumidouro, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Paes Leme e avenida Nações Unidas, desde às 14h55, mas o fornecimento foi retomado às 16h30, de acordo com a AES Eletropaulo.

A concessionária afirma que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros para fazer os devidos reparos na rede no entorno do local do acidente.

Com CAROLINA FARIAS, GABRIELA MANZINI e RENATO SANTIAGO, da Folha Online. Colaborou LÍVIA MARRA
editora de Cotidiano da Folha Online


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