Publicidade
Publicidade
12/01/2007
-
23h09
RENATO SANTIAGO
da Folha Online
O Corpo de Bombeiros suspendeu no final da noite desta sexta-feira as buscas por uma van que, de acordo com denúncias, desapareceu com um motorista, um cobrador e quatro a seis passageiros a bordo no desabamento do canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô, na zona oeste de São Paulo.
Segundo a corporação, as equipes de resgate pretendiam se aproximar dos escombros por meio de um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente, mas o plano falhou. Os trabalhos de busca deverão ser retomados na manhã de sábado (13), caso seja seguro descer pela cratera aberta no desabamento.
O que impede os bombeiros de descer pelo buraco é um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e de 50 toneladas que estava pendurado e ameaçava cair dentro do buraco, ainda na noite desta sexta. O equipamento foi amarrado a um contrapeso, e concreto será injetado na região, até que não haja mais risco de desabamento.
Durante a tarde, a cooperativa para a qual o motorista e o cobrador trabalham comunicou o desaparecimento deles ainda à tarde. Os dois estavam em Pinheiros quando o desabamento ocorreu e, depois, pararam de responder ao rádio. De acordo com informações extra-oficiais, um sistema de transmissão de dados por satélite apontou que a van foi soterrada e está entre 25 e 30 metros de profundidade.
Conseqüências
O desabamento ocorreu às 15h. Cerca de 80 imóveis tiveram que ser interditados, de acordo com a Subprefeitura de Pinheiros, e não há previsão para liberação. O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- foi ao local para cadastrar as famílias afetadas. Elas foram levadas para hotéis.
O problema complicou o trânsito na cidade. Na marginal Pinheiros, que fica ao lado, o tráfego permaneceu interrompido durante boa parte da tarde e só foi liberado às 20h.
O acidente ampliou um buraco usado pela empreiteira para descer equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. No total, a cratera tinha 80 metros de diâmetro, ainda às 20h. De acordo com o inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, havia 12 veículos no entorno da estrutura naquele momento, e todos caíram na cratera.
Luz
Há falta de luz na região. Estão sem energia elétrica trechos das ruas Capri e Gilberto Sabino, onde estão as casas interditadas. Também foram afetadas as ruas Sumidouro, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Paes Leme e avenida Nações Unidas, desde às 14h55, mas o fornecimento foi retomado às 16h30, de acordo com a AES Eletropaulo.
A concessionária afirma que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros para fazer os devidos reparos na rede no entorno do local do acidente.
Acidente
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Leia mais
Serra diz que primeira fase da linha 4 deve ser entregue em 2009
Homem desaparecido em acidente no metrô é localizado
CET libera pistas da marginal Pinheiros; lentidão é de 6 km
Moradora relata estrondo no momento de acidente em obra do Metrô
Prometida há mais de dez anos, linha 4 deverá ficar pronta em 2012
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Leia a cobertura completa sobre o acidente no canteiro de obras do Metrô
Bombeiros suspendem buscas por van desaparecida em acidente no metrô
Publicidade
da Folha Online
O Corpo de Bombeiros suspendeu no final da noite desta sexta-feira as buscas por uma van que, de acordo com denúncias, desapareceu com um motorista, um cobrador e quatro a seis passageiros a bordo no desabamento do canteiro de obras da estação Pinheiros do metrô, na zona oeste de São Paulo.
Segundo a corporação, as equipes de resgate pretendiam se aproximar dos escombros por meio de um túnel pertencente ao projeto da estação que não foi danificado no acidente, mas o plano falhou. Os trabalhos de busca deverão ser retomados na manhã de sábado (13), caso seja seguro descer pela cratera aberta no desabamento.
O que impede os bombeiros de descer pelo buraco é um guindaste de aproximadamente 50 metros de altura e de 50 toneladas que estava pendurado e ameaçava cair dentro do buraco, ainda na noite desta sexta. O equipamento foi amarrado a um contrapeso, e concreto será injetado na região, até que não haja mais risco de desabamento.
Durante a tarde, a cooperativa para a qual o motorista e o cobrador trabalham comunicou o desaparecimento deles ainda à tarde. Os dois estavam em Pinheiros quando o desabamento ocorreu e, depois, pararam de responder ao rádio. De acordo com informações extra-oficiais, um sistema de transmissão de dados por satélite apontou que a van foi soterrada e está entre 25 e 30 metros de profundidade.
Conseqüências
O desabamento ocorreu às 15h. Cerca de 80 imóveis tiveram que ser interditados, de acordo com a Subprefeitura de Pinheiros, e não há previsão para liberação. O administrador Donizette Moura, do Consórcio Via Amarela --responsável pela obra-- foi ao local para cadastrar as famílias afetadas. Elas foram levadas para hotéis.
O problema complicou o trânsito na cidade. Na marginal Pinheiros, que fica ao lado, o tráfego permaneceu interrompido durante boa parte da tarde e só foi liberado às 20h.
O acidente ampliou um buraco usado pela empreiteira para descer equipamentos para as obras da linha 4-amarela, 30 metros abaixo. No total, a cratera tinha 80 metros de diâmetro, ainda às 20h. De acordo com o inspetor de equipamentos Paulo Sartori, 34, que trabalhava no local, havia 12 veículos no entorno da estrutura naquele momento, e todos caíram na cratera.
Luz
Há falta de luz na região. Estão sem energia elétrica trechos das ruas Capri e Gilberto Sabino, onde estão as casas interditadas. Também foram afetadas as ruas Sumidouro, Cardeal Arcoverde, Teodoro Sampaio, Paes Leme e avenida Nações Unidas, desde às 14h55, mas o fornecimento foi retomado às 16h30, de acordo com a AES Eletropaulo.
A concessionária afirma que aguarda liberação do Corpo de Bombeiros para fazer os devidos reparos na rede no entorno do local do acidente.
Acidente
Segundo a assessoria de imprensa da Odebrecht, o acidente ocorreu durante a escavação da metade inferior da estação Pinheiros, cujo formato é o de um cilindro de dez metros de diâmetro. Seis operários escavam a área com uma retroescavadeira, a aproximadamente 30 metros de profundidade, quando perceberam que uma das paredes estava ruindo.
Houve tempo hábil para os seis operários deixarem o local, e nenhum deles ficou ferido. De acordo com a empresa, os funcionários recebem treinamento para escapar da obra em situações deste tipo.
Para a Odebrecht, a parede ruiu devido à instabilidade do solo às margens do rio Pinheiros que não podia ser prevista.
Por telefone, a reportagem entrou em contato com o engenheiro responsável pela obra, Fábio Gandolfo, mas ele informou que estava em reunião e não comentaria o acidente e orientou a reportagem da Folha Online a procurar a Odebrecht.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice