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13/01/2007 - 09h13

"O chão tremeu e desabou tudo", diz operário sobre acidente em obra

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da Folha de S.Paulo

O operário José Esmeraldino dos Santos, 45, estava dentro do túnel do metrô até 20 minutos antes de o desabamento ocorrer. Ele havia acabado de descer à obra após o almoço, mas começou a perceber que havia algo errado no local pouco tempo depois.

"Vimos umas pedrinhas caindo. Aí corremos para deixar o local. Depois de um tempo, o chão começou a tremer e desabou tudo", relatou.

Santos afirmou que o barulho provocado pelo desmoronamento, que alguns moradores da região pensaram ser de uma explosão, era das paredes do buraco cedendo.

"O barulhão foi da terra e dos caminhões caindo no buraco. Não houve explosão nenhuma", disse ele.

De acordo com o operário, todos os colegas que estavam na obra saíram sem ferimentos. "Todo mundo conseguiu sair." No entanto, segundo outros funcionários, existia ainda a possibilidade de haver outras pessoas no local.

Darlan Felix, 32, eletricista da obra, disse que tudo ocorreu de forma muito rápida. "Eu já estava no lado de fora [do buraco], e o pessoal do túnel começou a sair. Um pouco depois, a terra foi afundando", contou.
Vários funcionários da obra continuaram acompanhando os trabalhos dos bombeiros.

Terremoto

Peterson Borba, 29, funcionário do estacionamento interditado após o acidente, afirmou que o cenário, depois que o chão começou a rachar, era parecido ao de um terremoto.

Borba contou que, logo no início, pensou que se tratasse de mais uma implosão de rochas, que ele costuma ouvir todas as semanas desde que a obra da estação Pinheiros do Metrô começou.

"A terra começou a rachar, o concreto do chão virou pó. Eu estava no caixa, e veio todo mundo correndo para fora. Foi Cristo que me salvou."

O pavor aumentou quando, contou Borba, as pessoas viram caminhões sendo engolidos pela cratera. "Eu estava bem ao lado, o chão tremia, a cratera estava crescendo e os caminhões caíam. Tudo afundou."

Analista da Editora Abril, Antonio Carlos Ferreira de Albuquerque, 28, olhou pela janela do prédio da empresa depois de ouvir o forte barulho. "Ouvi os estalos e vi quando dois caminhões caíram no buraco. Uma casa foi rachando, e só sobrou metade dela."

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