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23/01/2007 - 11h18

Defesa Civil vistoria imóveis perto de obras do metrô; duas casas são demolidas

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da Folha Online

Mais duas casas cujas estruturas foram abaladas pelo desabamento do canteiro de obras da linha 4-amarela do metrô que ocorreu no último dia 12, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), foram demolidas na madrugada desta terça-feira. Os imóveis --números 87 e 93-- não podiam ser recuperados, segundo o Consórcio Via Amarela, responsável pelas obras. Desde o acidente, outros três imóveis da mesma rua --a Capri-- foram demolidos.

Nesta terça, a Defesa Civil irá vistoriar os cerca de 50 imóveis da região que ainda estão interditados. Segundo o consórcio, eles ainda estão fechados porque não há "condições de habitabilidade", ou seja, porque continuam sem água, energia elétrica e telefone.

O desabamento rompeu uma adutora da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e as redes elétrica e de telefonia. Não há previsão para conserto, uma vez que o trânsito dos técnicos na região do acidente continua restrito. Os moradores dos imóveis interditados --cerca de 120 pessoas-- estão abrigados em hotéis pagos pelo consórcio.

Nesta terça, as empreiteiras irão finalizar a retirada da grua --de 40 metros de altura e 120 toneladas-- que havia ficado na margem da cratera aberta no desabamento.

O acidente causou a morte de seis pessoas. Equipes do Corpo de Bombeiros mantêm as buscas a uma suposta sétima vítima. O office-boy Cícero da Silva desapareceu no mesmo dia do acidente. Não há provas de que ele esteja no local. No sábado (20), as cadelas farejadoras dos bombeiros encontram indícios de mais uma pessoa sob os escombros.

Vistoria

De um total de 69 vistorias realizadas logo após o desabamento na obra, 55 imóveis haviam sido interditados, dos quais 13 foram condenados --três deles acabaram demolidos. Outros 14 imóveis --nas ruas Capri e Gilberto Sabino-- foram liberados.

As novas vistorias devem ser visuais, como as realizadas no dia do acidente, porém mais detalhadas, de acordo com a Defesa Civil do município. Cerca de 80 famílias foram cadastradas pelo Metrô e levadas para hotéis da região de Pinheiros no dia do acidente.

Muitos dos imóveis podem ser liberados, já que estavam interditados devido ao risco oferecido pela operação de desmonte da grua que estava junto à cratera, já concluída.

Indenizações

A Defensoria Pública se reuniu na segunda-feira com representantes da seguradora e do Consórcio Via Amarela para estabelecer diretrizes para o pagamento das indenizações às vítimas.

Com o desabamento na obra, uma cratera se abriu no local e engoliu veículos, entre eles um microônibus com quatro ocupantes.

A Secretaria de Justiça criou uma câmara de mediação e conciliação para a realização de possíveis acordos. As famílias dos seis mortos no acidente e das pessoas atingidas que solicitaram a intermediação da defensoria serão patrocinadas pelo órgão nas audiências.

Na reunião a seguradora apresentou parâmetros para fixação das indenizações, que ainda serão discutidos com as famílias. De acordo com a órgão, as indenizações serão de danos emergentes --o que se efetivamente perdeu-; lucros cessantes --o que se deixou de ganhar; e por danos morais.

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