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04/02/2007 - 11h26

Guarujá já estuda tirar quiosques da areia

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da Folha de S.Paulo

A Prefeitura do Guarujá quer transferir os 98 quiosques instalados na praia da Enseada para o calçadão como uma forma de oferecer mais espaço ao banhista. A praia, que tem 7 km de extensão, vem diminuindo de tamanho, mas ainda não existem estudos que indiquem a dimensão do dano.

"O avanço do mar e a ocupação desordenada dos quiosques ao longo dos anos estão acabando com a praia, com o espaço público. A única saída honrosa é retirar os quiosques da areia", diz o secretário municipal de Meio Ambiente, Elson Maceió.

"Freqüento a Enseada há 20 anos e nunca vi uma situação dessa. Cada centímetro de praia está sendo disputado quase que no tapa", diz a publicitária Ludimila Castro, 41.

Mas só a retirada dos quiosques não deve resolver o problema, avalia o oceanógrafo Fabrício Gandini, do Instituto Maramar, que participa de um grupo de trabalho criado pela prefeitura para estudar soluções para a Enseada.

Segundo Gandini, no passado, o planejamento urbanístico não considerou a oscilação das marés. "Foi construída uma avenida onde antes era praia. Além disso, a grande ocupação da areia interfere na dinâmica da praia. Existia um aporte de sedimentos que desapareceu."

Para ele, um projeto de urbanização da Enseada tem que levar em conta as mudanças climáticas. Hoje, o trecho passa por reformas que não estariam levando em conta o fenômeno.

"O trabalho de urbanização da orla não está considerando essa nova dimensão do problema. O mar está chegando e a erosão está avançando. Como você vai fechar a parede da sua casa se amanhã vai ter que quebrar de novo?", questiona.

Além disso, Gandini diz que a reforma do calçadão, em curso, não prevê espaço para os quiosques, que hoje estão na areia.

O secretário Elson Maceió garante que projeto de urbanização está levando em consideração as mudanças climáticas e a necessidade de transferência dos quiosques, mas não entrou em detalhes sobre a obra.

Massaguaçu

A erosão praticamente extinguiu o canto esquerdo da praia de Massaguaçu (Caraguatatuba), avançou no continente e destruiu trechos do acostamento da rodovia Rio-Santos.

Com o risco de deslizamento, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) interditou um trecho de 2 km de acostamento da rodovia, em setembro do ano passado, após tentativas inúteis de conter a erosão.

Agora, o órgão está refazendo estudos para uma solução alternativa. Para a pesquisadora Célia Souza, do Instituto de Geologia, será necessário pensar em mudar o traçado da rodovia naquele trecho.

A Prefeitura de Caraguatatuba, sem condições técnicas para avaliar que medidas podem ser tomadas para conter o processo, pediu auxílio do governo José Serra (PSDB).

O DER tentou realizar uma obra para recuperar a área destruída e impedir que o problema voltasse a ocorrer, mas uma nova ressaca pôs fim à obra, hoje abandonada.

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