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03/03/2007
-
10h51
do Agora S.Paulo
São poucas as chances de Priscila Aprígio, 13 anos, voltar a andar, disseram ontem médicos do Hospital Alvorada, onde ela está internada. Segundo eles, apesar de remota, não é impossível sua recuperação, o que pode ocorrer em até dois anos. Priscila tem paraplegia crural motora-sensitiva, ou seja, ela não tem os movimentos nem a sensibilidade da cintura para baixo.
A bala que a feriu Priscila a atingiu entre a 11ª e a 12ª vértebra da coluna. "Ela teve um trauma direto na coluna, com fratura e lesão grave na medula, mas não houve ruptura dos nervos", explicou Guilherme Monteiro, diretor clínico do Alvorada.
"Com a retirada da bala, pode ser que o inchaço diminua, os nervos voltem ao normal e ela recupere os movimentos", afirmou. A expectativa dos cirurgiões que operaram a garota era de que o inchaço na região da coluna regredisse nas primeiras horas após a cirurgia, o que não aconteceu.
"Apesar disso, há chances de que esse quadro regrida em dois anos e de que ela recupere os movimentos. Nada é impossível", explicou Ricardo Tcholakian, diretor técnico do hospital. Ele afirmou ainda não ser possível determinar quais movimentos Priscila poderá ter de volta e salientou que, se ela recuperar alguma mobilidade, haverá seqüelas.
De acordo com os médicos, se o quadro de Priscila melhorar, ela pode recuperar o movimento das pernas e não a sensibilidade ou vice-versa. "É difícil ela conseguir andar, mas não é impossível", reiterou. As duas juntas, mobilidade e sensibilidade, é difícil. Priscila também teve o rim direito ferido. O projétil passou de raspão e não comprometeu o órgão. "Quanto ao rim, ela está curada", disse o diretor.
Apesar de apresentar o quadro de paraplegia, a estudante se recupera bem e fez comentários esperançosos com parentes. "Ela falou que sente bem de leve as pernas", disse Lilian Silva Fernandes Moraes, 18 anos, prima da garota. Segundo ela, Priscila conversa devagar porque sente dores ao respirar. Desde que está internada, foi visitada por parentes e o namorado. Ontem, ela saiu do coma induzido e saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A garota ainda não sabe da gravidade de sua situação.
Segundo os médicos, ela deve ter alta em uma semana. Depois disso, Priscila deverá fazer fisioterapia em uma clínica escolhida pela família.
Segundo o reumatologista Jamil Natour, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), nenhum médico se arrisca a dizer o que ocorrerá com o paciente que sofreu fratura na medula. "A não ser que falte um pedaço", afirma.
De acordo com Natour, especializado em coluna vertebral, os primeiros dias após a lesão geralmente "tem muito a ver" com o que ocorrerá no futuro. Isso não quer dizer, entretanto, que o quadro clínico não possa se reverter. "Nesse período, qualquer afirmação precisa não passa de especulação", diz.
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Priscila está paraplégica, mas pode se recuperar
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São poucas as chances de Priscila Aprígio, 13 anos, voltar a andar, disseram ontem médicos do Hospital Alvorada, onde ela está internada. Segundo eles, apesar de remota, não é impossível sua recuperação, o que pode ocorrer em até dois anos. Priscila tem paraplegia crural motora-sensitiva, ou seja, ela não tem os movimentos nem a sensibilidade da cintura para baixo.
A bala que a feriu Priscila a atingiu entre a 11ª e a 12ª vértebra da coluna. "Ela teve um trauma direto na coluna, com fratura e lesão grave na medula, mas não houve ruptura dos nervos", explicou Guilherme Monteiro, diretor clínico do Alvorada.
"Com a retirada da bala, pode ser que o inchaço diminua, os nervos voltem ao normal e ela recupere os movimentos", afirmou. A expectativa dos cirurgiões que operaram a garota era de que o inchaço na região da coluna regredisse nas primeiras horas após a cirurgia, o que não aconteceu.
"Apesar disso, há chances de que esse quadro regrida em dois anos e de que ela recupere os movimentos. Nada é impossível", explicou Ricardo Tcholakian, diretor técnico do hospital. Ele afirmou ainda não ser possível determinar quais movimentos Priscila poderá ter de volta e salientou que, se ela recuperar alguma mobilidade, haverá seqüelas.
De acordo com os médicos, se o quadro de Priscila melhorar, ela pode recuperar o movimento das pernas e não a sensibilidade ou vice-versa. "É difícil ela conseguir andar, mas não é impossível", reiterou. As duas juntas, mobilidade e sensibilidade, é difícil. Priscila também teve o rim direito ferido. O projétil passou de raspão e não comprometeu o órgão. "Quanto ao rim, ela está curada", disse o diretor.
Apesar de apresentar o quadro de paraplegia, a estudante se recupera bem e fez comentários esperançosos com parentes. "Ela falou que sente bem de leve as pernas", disse Lilian Silva Fernandes Moraes, 18 anos, prima da garota. Segundo ela, Priscila conversa devagar porque sente dores ao respirar. Desde que está internada, foi visitada por parentes e o namorado. Ontem, ela saiu do coma induzido e saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva). A garota ainda não sabe da gravidade de sua situação.
Segundo os médicos, ela deve ter alta em uma semana. Depois disso, Priscila deverá fazer fisioterapia em uma clínica escolhida pela família.
Segundo o reumatologista Jamil Natour, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), nenhum médico se arrisca a dizer o que ocorrerá com o paciente que sofreu fratura na medula. "A não ser que falte um pedaço", afirma.
De acordo com Natour, especializado em coluna vertebral, os primeiros dias após a lesão geralmente "tem muito a ver" com o que ocorrerá no futuro. Isso não quer dizer, entretanto, que o quadro clínico não possa se reverter. "Nesse período, qualquer afirmação precisa não passa de especulação", diz.
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