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28/03/2007
-
18h44
da Folha Online
A paralisação dos policiais federais no país, que começou às 8h30 desta quarta-feira, deve terminar na manhã de quinta (29), quando completarem as 24 horas previstas do protesto. Representantes da categoria se reuniram com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão), mas não chegaram a um acordo para o fim da manifestação. Nos aeroportos de São Paulo, os protestos foram suspensos, e a situação é normal.
A categoria protesta contra o não-cumprimento de um acordo salarial fechado com o antecessor do ministro Tarso Genro (Justiça), Márcio Thomaz Bastos. Conforme o acordo --negociado em fevereiro de 2006--, os policiais federais receberiam 60% de reajuste dividido em duas parcelas. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) reclama que somente a primeira parcela de 30% foi paga. A segunda, prometida para dezembro de 2006, ainda não saiu.
O ministro do Planejamento afirmou que o governo federal vai analisar a reivindicação de reajustes salariais e considerou o movimento "um pouco precipitado". Ele negou que a promessa de aumento salarial tenha sido efetivada pelo governo. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo. Se tem procedência a reivindicação, pode ser atendida, se nós tivermos também recursos para isso."
Bernardo evitou comentar os percentuais de reajuste defendidos pela categoria. "É precipitado falar em percentual, nós temos que ouvi-los, eles têm que apresentar as reivindicações. Nós vamos ouvir e vamos fazer. O que nós estamos querendo na verdade nessa coisa de servidores públicos é ter um planejamento de mais longo prazo", afirmou.
Paralisação
Segundo levantamento da Fenapef, somente os policiais federais dos Estados de Alagoas e Santa Catarina não aderiram à paralisação. Com o movimento, os serviços de investigação e de emissão de laudos periciais estão suspensos. Os setores de emissão de passaportes também está parado, exceto para pessoas que tem viagens marcadas para hoje e amanhã.
Em São Paulo, os policiais federais prometiam realizar uma operação-padrão --reduzindo o efetivo à metade-- nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital, e de Guarulhos, na região metropolitana. Esperava-se que o movimento atrasasse embarques e desembarques e provocasse filas nos setores de imigração e liberação de produtos restritos.
Porém, ainda pela manhã, o presidente da Associação dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Carlos Sabino, anunciou que a operação-padrão havia sido cancelada por "respeito à população que tem sofrido com a crise aérea".
Volta ao trabalho
Na quinta, com o fim da paralisação, os policiais federais devem começar a fazer assembléias para avaliar o movimento. Há possibilidade de a categoria marcar uma greve geral.
Segundo informações da Fenapef, as discussões deverão ser feitas em cada um dos Estados. Em Brasília, representantes das entidades que representam a categoria também devem se encontrar.
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A paralisação dos policiais federais no país, que começou às 8h30 desta quarta-feira, deve terminar na manhã de quinta (29), quando completarem as 24 horas previstas do protesto. Representantes da categoria se reuniram com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento, Orçamento e Gestão), mas não chegaram a um acordo para o fim da manifestação. Nos aeroportos de São Paulo, os protestos foram suspensos, e a situação é normal.
A categoria protesta contra o não-cumprimento de um acordo salarial fechado com o antecessor do ministro Tarso Genro (Justiça), Márcio Thomaz Bastos. Conforme o acordo --negociado em fevereiro de 2006--, os policiais federais receberiam 60% de reajuste dividido em duas parcelas. A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) reclama que somente a primeira parcela de 30% foi paga. A segunda, prometida para dezembro de 2006, ainda não saiu.
Folha Imagem |
Policiais federais estendem faixa em frente à sede da Superintendência em São Paulo |
O ministro do Planejamento afirmou que o governo federal vai analisar a reivindicação de reajustes salariais e considerou o movimento "um pouco precipitado". Ele negou que a promessa de aumento salarial tenha sido efetivada pelo governo. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo. Se tem procedência a reivindicação, pode ser atendida, se nós tivermos também recursos para isso."
Bernardo evitou comentar os percentuais de reajuste defendidos pela categoria. "É precipitado falar em percentual, nós temos que ouvi-los, eles têm que apresentar as reivindicações. Nós vamos ouvir e vamos fazer. O que nós estamos querendo na verdade nessa coisa de servidores públicos é ter um planejamento de mais longo prazo", afirmou.
Paralisação
Segundo levantamento da Fenapef, somente os policiais federais dos Estados de Alagoas e Santa Catarina não aderiram à paralisação. Com o movimento, os serviços de investigação e de emissão de laudos periciais estão suspensos. Os setores de emissão de passaportes também está parado, exceto para pessoas que tem viagens marcadas para hoje e amanhã.
Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem |
Com paralisação, pessoas encontram portão da Superintendência da PF em SP fechado |
Em São Paulo, os policiais federais prometiam realizar uma operação-padrão --reduzindo o efetivo à metade-- nos aeroportos de Congonhas, na zona sul da capital, e de Guarulhos, na região metropolitana. Esperava-se que o movimento atrasasse embarques e desembarques e provocasse filas nos setores de imigração e liberação de produtos restritos.
Porém, ainda pela manhã, o presidente da Associação dos Servidores da Polícia Federal de São Paulo, Francisco Carlos Sabino, anunciou que a operação-padrão havia sido cancelada por "respeito à população que tem sofrido com a crise aérea".
Volta ao trabalho
Na quinta, com o fim da paralisação, os policiais federais devem começar a fazer assembléias para avaliar o movimento. Há possibilidade de a categoria marcar uma greve geral.
Segundo informações da Fenapef, as discussões deverão ser feitas em cada um dos Estados. Em Brasília, representantes das entidades que representam a categoria também devem se encontrar.
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