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03/04/2007
-
18h00
FAUSTO SALVADORI FILHO
da Folha Online
Cartazes com ameaças contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL), foram colocados em uma parede da rua João Passalacqua, região da Bela Vista (centro de São Paulo). Em letras vermelhas, a mensagem anônima alerta: "hoje é a nossa família que chora... amanhã será a sua!!! Esses são os novos desempregados de São Paulo 52 mil pessoas. Aguarde, a próxima eleição está chegando".
Os cartazes, aparentemente, fazem uma referência à lei Cidade Limpa, que proibiu outdoors e restringiu o tamanho dos letreiros de fachadas comerciais. Para o Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo, a lei pode deixar 20 mil pessoas desempregadas.
Se o caso for investigado e os autores dos cartazes forem identificados, eles podem ser acusados por crime de ameaça, que prevê pena um a seis meses de detenção ou multa.
Os funcionários da oficina mecânica que fica próxima ao local onde os cartazes estão afixados sequer perceberam o conteúdo da mensagem, acostumados a ver a parede tomada por cartazes de shows e outros eventos colados sucessivamente.
A secretária do estabelecimento, Isabel Cristina dos Reis, contou que só reparou no cartaz na tarde desta terça-feira. "Eu achava que ainda fosse o anúncio de forró", disse. Lendo pela primeira vez a mensagem, comentou: "É muito pesado. Mas não acho que é uma ameaça. Acho que estão querendo dizer que o prefeito vai sofrer a justiça de Deus."
O prazo de adequação à lei Cidade Limpa acabou sábado (31). Devido à norma, muitos comerciantes tiveram que executar reformas emergenciais.
Na tarde desta terça, a poucas quadras dos cartazes, operários retiravam um letreiro da fachada de um motel da avenida Nove de Julho e pedreiros removiam todo o reboco da fachada de uma churrascaria, na rua Martinho Prado. Um dos operários disse considerar que a lei é boa, sem se preocupar com um eventual desemprego. "Não pára de chegar trabalho na firma", disse, sem se identificar.
Outro lado
Consultada, a assessoria de imprensa do prefeito se recusou a levar o assunto à apreciação dele por considerar que o caso não tem importância.
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre a lei Cidade Limpa
Cartazes ameaçam prefeito Gilberto Kassab em São Paulo
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da Folha Online
Cartazes com ameaças contra o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL), foram colocados em uma parede da rua João Passalacqua, região da Bela Vista (centro de São Paulo). Em letras vermelhas, a mensagem anônima alerta: "hoje é a nossa família que chora... amanhã será a sua!!! Esses são os novos desempregados de São Paulo 52 mil pessoas. Aguarde, a próxima eleição está chegando".
Os cartazes, aparentemente, fazem uma referência à lei Cidade Limpa, que proibiu outdoors e restringiu o tamanho dos letreiros de fachadas comerciais. Para o Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo, a lei pode deixar 20 mil pessoas desempregadas.
Fausto Salvadori/Folha Imagem |
Cartazes apócrifos ameaçam prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) |
Os funcionários da oficina mecânica que fica próxima ao local onde os cartazes estão afixados sequer perceberam o conteúdo da mensagem, acostumados a ver a parede tomada por cartazes de shows e outros eventos colados sucessivamente.
A secretária do estabelecimento, Isabel Cristina dos Reis, contou que só reparou no cartaz na tarde desta terça-feira. "Eu achava que ainda fosse o anúncio de forró", disse. Lendo pela primeira vez a mensagem, comentou: "É muito pesado. Mas não acho que é uma ameaça. Acho que estão querendo dizer que o prefeito vai sofrer a justiça de Deus."
O prazo de adequação à lei Cidade Limpa acabou sábado (31). Devido à norma, muitos comerciantes tiveram que executar reformas emergenciais.
Na tarde desta terça, a poucas quadras dos cartazes, operários retiravam um letreiro da fachada de um motel da avenida Nove de Julho e pedreiros removiam todo o reboco da fachada de uma churrascaria, na rua Martinho Prado. Um dos operários disse considerar que a lei é boa, sem se preocupar com um eventual desemprego. "Não pára de chegar trabalho na firma", disse, sem se identificar.
Outro lado
Consultada, a assessoria de imprensa do prefeito se recusou a levar o assunto à apreciação dele por considerar que o caso não tem importância.
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