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14/04/2007 - 19h21

Coleta de lixo em SP é parcial; prefeitura nega acúmulo de 6.000 toneladas

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da Folha Online

A greve dos funcionários do setor de limpeza urbana --catadores de lixo, garis e motoristas-- entrou no segundo dia neste sábado, e o lixo se acumulou em alguns pontos de São Paulo. A Secretaria Municipal de Serviços da cidade afirmou que o lixo acumulado por causa da paralisação, porém, não chega a 6.000 toneladas, como estimou o sindicato da categoria.

A administração não soube precisar a quantidade acumulada entre sexta e sábado, mas indicou que o problema é pontual, principalmente em áreas nas zonas Leste e Norte. Também são afetados bairros como Bom Retiro, Brás, Ipiranga, Jardins, Vila Mariana e Saúde.

O presidente do Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Limpeza Urbana de São Paulo), Moacyr Pereira, disse hoje que o acúmulo de lixo domiciliar em períodos de greve é de até 3.000 toneladas ao dia --o montante chegaria, assim, a 6.000 neste sábado. O número, porém, seria alcançado caso nenhum tipo de serviço fosse realizado.

Segundo a prefeitura informou, no entanto, uma das duas empresas em greve já retomou em 70% a coleta de lixo na cidade e a situação estaria sob controle. O setor de varrição, por sua vez, ampliou em 50 caminhões a frota de 672 entre ontem e hoje e deve aumentar ainda mais entre amanhã e segunda-feira, caso a greve continue. De acordo com a secretaria, os caminhões da varrição compensam, até certo ponto, a falta da coleta, feita diariamente por 300 caminhões.

Os sindicatos das empresas e dos funcionários foram procurados para comentar sobre a greve nesta tarde, mas não atenderam ou retornaram as ligações feitas pela Folha Online.

Paralisação

Os funcionários do setor entraram em greve na sexta-feira (13). A categoria tem ao menos 13 mil trabalhadores. Ontem, de acordo com o Selur (Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo), nenhum dos 400 caminhões de coleta de lixo (domiciliar e empresarial) saiu às ruas --somente os serviços de saúde têm o lixo recolhido.

Segundo o Siemaco, uma assembléia foi realizada na manhã de ontem --a categoria pede 12% de reajuste e o Selur oferece 3,1%--, mas diante da falta de avanço nas negociações, os trabalhadores resolveram deflagrar a greve.

"Pedimos 12%, além de lanche e protetor solar gratuitos, mas o Selur disse que não é possível atender", afirmou Moacyr Pereira. O piso salarial do varredor é de R$ 544, e do coletor, R$ 647.

De acordo com Pereira, dos trabalhadores, somente 30% paralisaram as atividades na sexta. O restante tem de trabalhar para garantir a coleta de lixo aos locais de prestação de serviços ligados à saúde. O presidente do Selur, Ariovaldo Caodaglio, afirmou por sua vez que nenhum motorista --dos caminhões de coleta normal-- trabalhou na sexta e 50% dos garis ficaram parados.

"Fizemos uma contraproposta de aplicar o índice do INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor], que é melhor que a proposta anterior, além da redução da contribuição para plano de saúde, que representa 25% a menos do que eles pagam hoje. Eles não aceitaram", afirmou Caodaglio.

Em março, os trabalhadores da limpeza ameaçaram uma paralisação, que foi suspensa após a retomada das negociações.

Justiça

Uma medida cautelar, concedida pela Justiça, garante a realização da coleta de lixo de hospitais, postos de saúde, laboratórios entre outros estabelecimentos da área de saúde.

Ontem, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) determinou o funcionamento de pelo menos 70% do serviço. Na tarde da próxima segunda-feira (16) acontece uma audiência de conciliação no TRT, onde os trabalhadores e as empresas definirão as condições para a volta aos serviços.

Por dia, a capital produz cerca de 13 mil toneladas de detritos, sendo 9 mil toneladas de lixo recolhidas por 370 caminhões --o restante é entulho e material para reciclagem.

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