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18/04/2007 - 23h58

Servidores da PF encerram operação-padrão no aeroporto de Guarulhos

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da Folha Online

Os servidores que exercem carreiras policiais na PF (Polícia Federal) encerraram por volta das 22h30 desta quarta-feira a operação-padrão no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos (região metropolitana). O procedimento causou filas quilométricas e espera de até três horas para passar pela fiscalização.

Durante a operação, apenas quatro agentes trabalharam na admissão dos passageiros e três no desembarque, segundo o chefe da delegacia da PF no aeroporto, Marlon Almeida.

Na operação-padrão, além do efetivo ser reduzido à metade, os servidores conferem todos os documentos antes de liberar a passagem. Desta forma, o procedimento que costuma durar 20 segundos por pessoa dura mais de um minuto.

Por precaução, muitos passageiros chegaram mais cedo ao aeroporto depois de saber da operação. As filas nos terminais 1 e 2 chegaram ao lado externo do aeroporto durante a tarde, somando quatro quilômetros de extensão.

"Foi muito desagradável, mas preferi me programar a perder o vôo", afirmou a química Rosana Motta, 32, que esperou quase duas horas para entrar na sala de embarque. Ela viajará para Milão (Itália).

A chilena Monica Dubes veio ao Brasil a trabalho e também ficou presa na fila. Ela já havia enfrentado a operação-padrão de controladores de tráfego aéreo no ano passado. 'Adoro o Brasil, mas só venho porque preciso. Nunca viria a passeio', lamenta Dubes.

Sem acordo

Segundo o Sindipolf, sindicato dos servidores da PF, representantes da categoria devem ser recebidos no Ministério do Planejamento.

Os policiais protestam pelo não-cumprimento de um acordo de reajuste salarial que foi firmado com o governo federal em 2006. Eles reivindicam o pagamento de um aumento de 30% previsto no documento. Semanas atrás, o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chegou a negar a existência do acordo.

Na última reunião que havia sido marcada, no dia 11, os sindicalistas foram embora sem ser recebidos, após de três horas de espera. Em nota publicada em seu site, a Fenapef ressalta que o protesto desta quarta-feira também reflete a revolta da categoria em relação ao encontro frustrado.

Paralisação

Nas superintendências estaduais, foram mantidos serviços básicos de carceragem; emissão de passaportes para casos de urgência; registro de flagrantes com presos e perícia de cenas de crimes. O movimento realizado nesta quarta-feira é similar ao do último dia 28 de março. Naquele dia, a paralisação só não atingiu os Estados de Alagoas e Santa Catarina.

Brasília

Em Brasília (DF), os policiais realizaram uma caminhada desde a sede da superintendência até a Esplanada dos Ministérios. No começo da tarde, o Ministério do Planejamento decidiu marcar uma reunião com representantes da categoria para quinta-feira (19). Segundo a assessoria de imprensa da pasta, o secretário nacional de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, poderá participar da reunião.

Cerca de 300 pessoas participaram do protesto, segundo a PM (Polícia Militar). O número chegou a 500 de acordo com um dos organizadores, a ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal).

Outro importante efeito da paralisação em Brasília foi a interrupção das investigações ligadas à operação Hurricane.

Mobilização paralela

Os servidores que exercem carreiras administrativas na PF não participam da greve desta quarta-feira, mas também estão em campanha. No último dia 11, foi a vez deles pararem por 24 horas por um plano de reestruturação da carreira; por equiparação de seus salários aos dos servidores policiais; e pelo fim das terceirizações.

Representados pelo SINPECPF (Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF), os servidores de carreiras administrativas --cerca de 4.500 em todo o país-- exercem serviços internos nos setores de logística e protocolo, por exemplo.

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