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23/04/2007 - 15h03

Metrô culpará funcionários por atraso desta segunda-feira

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

O Metrô irá reivindicar no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região o cumprimento da liminar que previa a aplicação de uma multa de R$ 100 mil ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo caso ao menos 80% dos trens não estivessem em circulação a partir das 4h30 desta segunda-feira e 100%, a partir das 6h.

Embora tenham sido notificados da ameaça de multa na sexta-feira (20), os metroviários mantiveram o plano de paralisação desta segunda e atrasaram das 4h30 para as 6h a abertura de diversas estações. De acordo com o Metrô, os trens ficaram totalmente parados até as 5h59 e, mesmo nesse horário, a retomada da circulação foi gradual.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o TRT informou que um oficial de Justiça passou a manhã desta segunda fiscalizando o cumprimento da determinação. O parecer dele, no entanto, só será avaliado sob provocação --do Metrô, do Ministério Público do Trabalho ou de qualquer outra parte envolvida.

O diretor de Comunicação e Imprensa do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho, afirmou que a entidade irá contestar a eventual aplicação da multa "em todas as instâncias superiores". "Assim, nós estaremos defendendo direitos legítimos que foram consagrados durante os últimos 40 anos de luta dos trabalhadores."

Ônibus e metrô

Não foi apenas o metrô que parou na madrugada desta segunda-feira. Os ônibus --exceto os da viação Santa Brígida-- só começaram a circular às 6h. Das 4h às 6h, somente sete dos 28 terminais da cidade permaneceram abertos e tiveram funcionamento parcial. Durante a greve, apenas o sistema local de transporte --operado por vans e microônibus-- operou normalmente.

O resultado foram pontos e terminais superlotados. No total, 30.000 motoristas e cobradores de ônibus e cerca de 2.500 metroviários pararam.

Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 9h, a cidade chegou a ter 120 km de congestionamento enquanto a média para o horário era de 105 km. O índice foi o terceiro maior registrado em períodos da manhã, desde o começo deste ano.

Diariamente, o metrô transporta quase 3 milhões de pessoas e os ônibus municipais realizam 4,5 milhões de viagens.

Os motoristas e cobradores de ônibus e os metroviários afirmam que a greve é um protesto contra a possível derrubada, por parte do Congresso, do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à emenda 3 da Super-Receita, originalmente aprovada pela Casa. Eles temem que a emenda favoreça contratações sem registro em carteira.

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