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23/04/2007
-
19h08
da Folha Online
O governador de São Paulo, José Serra, classificou nesta segunda-feira a paralisação dos metroviários e motoristas de ônibus de "greve política" e "lamentável". Apenas entre os usuários do metrô, foram 180 mil prejudicados, segundo o governo.
"É uma greve política que não tem nada a ver com as condições do pessoal do metrô e dos ônibus. É uma greve para servir a sindicatos e não para servir a população nem aos trabalhadores. Uma greve lamentável", disse Serra.
Mais de 34 mil motoristas e cobradores de ônibus e metroviários da cidade de São Paulo participaram da paralisação ocorrida no final da madrugada desta segunda-feira, conforme estimativas dos sindicatos. O movimento manteve os ônibus parados até as 6h e atrasou em cerca de duas horas a abertura das estações de metrô que, normalmente, começam a operar às 4h30.
De acordo com o sindicato que representa os motoristas e cobradores, em toda a cidade, há 32 mil trabalhadores dos quais 30 mil aderiram à greve. Entre os metroviários, todos que estavam na escala desta segunda-feira --cerca de 2.500 trabalhadores-- aderiram à greve, também segundo o sindicato da categoria. Há, ao todo, 7.500 metroviários na cidade.
Resposta
O sindicato dos metroviários de São Paulo respondeu que o governador está certo. "É uma greve política sim, mas contra as políticas de arrocho do governo", diz Manuel Xavier Lemos Filho, secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Metroviários.
Em nota, a Força Sindical afirma que "As manifestações ocorridas hoje no transporte coletivo de São Paulo são para manter os direitos dos trabalhadores como seguro-desemprego, férias, 13º salário, licença-maternidade, fundo de garantia e vale-transporte".
Reivindicação
Os motoristas e cobradores de ônibus e os metroviários afirmam que a greve é um protesto contra a possível derrubada, por parte do Congresso, do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à emenda 3 da Super-Receita, originalmente aprovada pela Casa.
Na última quinta-feira (19), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região concedeu uma liminar em favor do Metrô que exige a circulação de ao menos 80% dos trens a partir das 4h30 e de 100% nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h. O cumprimento da decisão será fiscalizado por um oficial de Justiça; a paralisação dos metroviários deve ser punida com uma multa de R$ 100 mil.
Emenda 3
A emenda 3 proíbe que os auditores fiscais multem e tenham poder para desfazer pessoas jurídicas quando entenderem que a relação de prestação de serviços com uma empresa é, na verdade, uma relação trabalhista. Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, apenas a Justiça do Trabalho teria esse poder.
Os defensores da emenda dizem que sua intenção é garantir a segurança de contratos livremente negociados entre as partes. Os críticos vêem a possibilidade de fragilizar a fiscalização e favorecer que empregadores contratem sem registros em carteira.
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Para Serra, paralisação nos transportes foi "política" e "lamentável"
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"É uma greve política que não tem nada a ver com as condições do pessoal do metrô e dos ônibus. É uma greve para servir a sindicatos e não para servir a população nem aos trabalhadores. Uma greve lamentável", disse Serra.
Mais de 34 mil motoristas e cobradores de ônibus e metroviários da cidade de São Paulo participaram da paralisação ocorrida no final da madrugada desta segunda-feira, conforme estimativas dos sindicatos. O movimento manteve os ônibus parados até as 6h e atrasou em cerca de duas horas a abertura das estações de metrô que, normalmente, começam a operar às 4h30.
De acordo com o sindicato que representa os motoristas e cobradores, em toda a cidade, há 32 mil trabalhadores dos quais 30 mil aderiram à greve. Entre os metroviários, todos que estavam na escala desta segunda-feira --cerca de 2.500 trabalhadores-- aderiram à greve, também segundo o sindicato da categoria. Há, ao todo, 7.500 metroviários na cidade.
Resposta
O sindicato dos metroviários de São Paulo respondeu que o governador está certo. "É uma greve política sim, mas contra as políticas de arrocho do governo", diz Manuel Xavier Lemos Filho, secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato dos Metroviários.
Em nota, a Força Sindical afirma que "As manifestações ocorridas hoje no transporte coletivo de São Paulo são para manter os direitos dos trabalhadores como seguro-desemprego, férias, 13º salário, licença-maternidade, fundo de garantia e vale-transporte".
Reivindicação
Os motoristas e cobradores de ônibus e os metroviários afirmam que a greve é um protesto contra a possível derrubada, por parte do Congresso, do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à emenda 3 da Super-Receita, originalmente aprovada pela Casa.
Na última quinta-feira (19), o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região concedeu uma liminar em favor do Metrô que exige a circulação de ao menos 80% dos trens a partir das 4h30 e de 100% nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h. O cumprimento da decisão será fiscalizado por um oficial de Justiça; a paralisação dos metroviários deve ser punida com uma multa de R$ 100 mil.
Emenda 3
A emenda 3 proíbe que os auditores fiscais multem e tenham poder para desfazer pessoas jurídicas quando entenderem que a relação de prestação de serviços com uma empresa é, na verdade, uma relação trabalhista. Pelo texto aprovado no Congresso Nacional, apenas a Justiça do Trabalho teria esse poder.
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