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08/05/2007
-
09h51
da Folha de S.Paulo
Após o quebra-quebra na praça da Sé em um confronto entre o público e a Polícia Militar durante show do grupo Racionais MCs na madrugada de domingo, a Prefeitura de São Paulo marcou um show de desagravo à Virada Cultural para sábado no mesmo local.
"Esse show já estava marcado", disse o prefeito Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL). A Folha apurou, no entanto, que a agenda foi definida depois do confronto, que deixou, pelo menos, seis feridos.
O novo show contará com alguns dos artistas que participaram da Virada ou que não puderam se apresentar por causa do confronto --caso das bandas Skowa e a Máfia e Karnak.
As apresentações desse sábado começam às 15h30, com a companhia de dança Djembedon. Às 16h, a banda mineira Pato Fu faz show com Skowa e a Máfia e, às 17h30, Karnak com Ângela Maria.
Às 19h, sobe ao palco O Teatro Mágico; às 20h30, Moraes Moreira e Armandinho; às 22h, Leci Brandão, ao lado dos rappers Thaide e Rappin" Hood e do DJ Ramilson Maia.
Kassab disse que o show será em comemoração ao sucesso do evento, que reuniu, segundo ele, 3,5 milhões de pessoas nas cerca de 350 apresentações.
O prefeito afirmou que a praça estará pronta já na sexta-feira, quando o papa Bento 16 se reúne na catedral com bispos brasileiros. Ele voltou a afirmar que a prefeitura "assumirá as responsabilidades" pelo ocorrido, inclusive em relação aos comerciantes que tiveram seus estabelecimentos quebrados e saqueados durante a confusão.
A prefeitura disse, na noite de ontem, que pessoas lesadas com o quebra-quebra terão de encaminhar um requerimento com comprovação dos danos e, se possível, identificação dos autores. Informações podem ser obtidas pelo telefone 156.
Ontem, nenhum dos integrantes dos Racionais quis comentar o ocorrido. "Ao ouvir os tiros e as bombas, as pessoas começaram a correr. Alguém do comando da PM teve a idéia de dispersar o povão. Mas fazer isso com bombas é um absurdo", disse o rapper e produtor Primo Preto, que apresentou o espetáculo, à Folha Online no domingo. Para o tenente Ricardo Mendonça, da unidade da Sé, os Racionais incitaram o público contra os policiais.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, diz que é preciso repensar a realização de shows na Sé. "Os fatos falam por si só. Isso precisa ser pensado em conjunto com quem promove o espetáculo. Isso é questão que a polícia não pode decidir sozinha."
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Prefeitura fará um show de desagravo à Virada Cultural
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Após o quebra-quebra na praça da Sé em um confronto entre o público e a Polícia Militar durante show do grupo Racionais MCs na madrugada de domingo, a Prefeitura de São Paulo marcou um show de desagravo à Virada Cultural para sábado no mesmo local.
"Esse show já estava marcado", disse o prefeito Gilberto Kassab (DEM, ex-PFL). A Folha apurou, no entanto, que a agenda foi definida depois do confronto, que deixou, pelo menos, seis feridos.
O novo show contará com alguns dos artistas que participaram da Virada ou que não puderam se apresentar por causa do confronto --caso das bandas Skowa e a Máfia e Karnak.
As apresentações desse sábado começam às 15h30, com a companhia de dança Djembedon. Às 16h, a banda mineira Pato Fu faz show com Skowa e a Máfia e, às 17h30, Karnak com Ângela Maria.
Às 19h, sobe ao palco O Teatro Mágico; às 20h30, Moraes Moreira e Armandinho; às 22h, Leci Brandão, ao lado dos rappers Thaide e Rappin" Hood e do DJ Ramilson Maia.
Kassab disse que o show será em comemoração ao sucesso do evento, que reuniu, segundo ele, 3,5 milhões de pessoas nas cerca de 350 apresentações.
O prefeito afirmou que a praça estará pronta já na sexta-feira, quando o papa Bento 16 se reúne na catedral com bispos brasileiros. Ele voltou a afirmar que a prefeitura "assumirá as responsabilidades" pelo ocorrido, inclusive em relação aos comerciantes que tiveram seus estabelecimentos quebrados e saqueados durante a confusão.
A prefeitura disse, na noite de ontem, que pessoas lesadas com o quebra-quebra terão de encaminhar um requerimento com comprovação dos danos e, se possível, identificação dos autores. Informações podem ser obtidas pelo telefone 156.
Ontem, nenhum dos integrantes dos Racionais quis comentar o ocorrido. "Ao ouvir os tiros e as bombas, as pessoas começaram a correr. Alguém do comando da PM teve a idéia de dispersar o povão. Mas fazer isso com bombas é um absurdo", disse o rapper e produtor Primo Preto, que apresentou o espetáculo, à Folha Online no domingo. Para o tenente Ricardo Mendonça, da unidade da Sé, os Racionais incitaram o público contra os policiais.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, diz que é preciso repensar a realização de shows na Sé. "Os fatos falam por si só. Isso precisa ser pensado em conjunto com quem promove o espetáculo. Isso é questão que a polícia não pode decidir sozinha."
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