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Após furto de obras, Masp contrata empresa de segurança
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FELIPE MODENESE
Colaboração para a Folha Online
Os quadros de Candido Portinari e de Pablo Picasso que haviam sido furtados no dia 20 de dezembro e foram recuperados ontem pela Polícia Civil retornaram ao Masp (Museu de Arte de São Paulo) nesta quarta-feira. Apesar do grande aparato montado para escoltar as obras entre o prédio do Deic (zona norte) até o museu --na avenida Paulista--, a polícia não atuará na segurança do local, que passa a contar com vigilantes armados.
Carros, motos, um helicóptero da Polícia Civil e policiais carregando metralhadoras participaram da escolta dos quadros até o Masp. Depois da operação montada para o transporte e da entrega das obras em cerimônia que contou com a presença de autoridades no Masp, três seguranças ficaram ao lado das telas --"O Lavrador de Café", de Candido Portinari, e "Retrato de Suzanne Bloch", de Pablo Picasso, avaliadas em R$ 100 milhões.
O furto dos quadros expôs a fragilidade da segurança do museu. O presidente do Masp, Júlio Neves, afirmou hoje que uma empresa foi contratada para realizar a segurança do acervo, avaliado em US$ 1 bilhão. Além disso, outra empresa doará todos os novos equipamentos necessários à proteção.
Neves afirmou que será colocado "o que há de mais moderno no mundo" para proteger o acervo, mas, justificando "questões de segurança", não deu detalhes sobre os equipamentos ou informou o número de homens armados que permanecerá no prédio. Reportagem publicada pela Folha no dia 22 de dezembro, revelou que que a vigilância do Masp era feita por funcionários preparados apenas para atuar como orientadores de público, e não como seguranças.
Enquanto os participantes da entrevista coletiva comemoravam a localização das telas bebendo champanhe, nesta quarta, os quadros ficaram no auditório do museu sob os cuidados dos homens que fazem parte do novo esquema de segurança adotado pelo museu.
O coronel Álvaro Batista Camilo, do batalhão responsável pelo policiamento na região central da cidade, afirmou que uma base da Polícia Militar será instalada na avenida Paulista, perto ao Masp. "Não foi feita uma orientação específica para o museu. Foi feita uma orientação para o policiamento de uma região que abriga um centro financeiro, que a avenida Paulista exige", afirmou.
Furto
Os criminosos levaram três minutos para levar as telas, como flagraram as câmeras do museu. A instituição não possuía alarme, sensor e seguro para acervo.
As obras foram localizadas em uma casa em Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo), após a prisão de Francisco Laerton Lopes de Lima, 33, no último dia 27, e Robson de Jesus Jordão, 33, ontem. Ambos têm antecedentes por roubo e Jordão era foragido da Justiça. Segundo a polícia, os suspeitos são os mesmos que tentaram invadir o museu semanas antes do furto.
Os dois quadros voltarão a ser expostos a partir de sexta-feira (11), quando o museu será reaberto.
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Á lei e inconstitucional, não deveria ser aprovada, mais uma vez o cidadão vai pagar á conta.
Henry.
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Enfim, temos um pouco mais do mesmo.
Volto a enfatizar que a Imprensa Nacional é suave demais com certos políticos que administram nosso triste, pegagiado e inseguro Estado de São Paulo.
Estou esperando sair uma matéria sobre o salário que se paga a um policial militar, a um Delegado de Polícia Civil em São Paulo e quanto se paga em outros Estados.
A Imprensa tem uma imensa parcela de responsabilidade nesse descaso.
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