Polícia encerra operação em favelas do Rio e confirma seis mortes

Veículos, armas e drogas foram apreendidos nesta quarta-feira durante operação na favela do Jacarezinho e no morro da Mangueira, no Rio. Informações preliminares apontavam que nove pessoas haviam morrido baleadas. No entanto, com o término da ação, a Polícia Civil confirmou seis mortes.

De acordo com o delegado da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), Rodrigo de Oliveira, a operação foi realizada para recuperar carros, motos e cargas roubados e o cumprimento de mandados de prisão. Foram mobilizados na operação 200 homens de sete delegacias, dois helicópteros e dois veículos blindados.

Segundo a polícia, quatro supostos traficantes foram mortos no Jacarezinho --onde começou a operação-- e outros dois no morro da Mangueira, enquanto fugiam dos policiais. Cinco pessoas foram presas e um adolescente, detido.

Durante a ação, os policiais identificaram uma casa com muros altos, que seria usada pelos traficantes como proteção durante confrontos. Foram apreendidos quatro carros, 31 motos, uma carreta com 60 engradados de cerveja, cerca de mil papelotes de cocaína, 300 porções de maconha, 50 pedras de crack, além de quatro pistolas e dois fuzis.

Os presos foram identificados como Luciano Gonzaga, 30, acusado de assalto a banco; Thiago Esteves de Mello, 22, apontado como o gerente do tráfico na favela de Manguinhos; Wilker Lima, 24, Rafael Barros da Silva, 22, e Diogo Pereira da Silva, 25, além do adolescente.

Polícia Militar

A operação da Polícia Civil ocorre um dia depois de Beltrame anunciar a exoneração do comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Ubiratan Angelo, além do Chefe do Estado Maior, coronel Samuel Dias Dionízio, e de oito oficiais da PM.

Nesta quarta, o secretário da Segurança descartou a possibilidade de rever a exoneração e afirmou que a crise na PM não vai prejudicar a segurança no Carnaval. Também hoje, 30 oficiais da PM pediram exoneração, entre eles 17 comandantes de batalhões, em apoio a Angelo.

A exoneração do comando da PM foi anunciada após passeata feita por policiais militares no domingo (27) para reivindicar melhores salários. Quem assume o lugar de Ubiratan Angelo é o coronel Gilson Pitta Lopes, atual chefe do Serviço de Inteligência da PM, o P-2.