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Polícia diz não crer em mentor de furto ao Masp
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LUIS KAWAGUTI
da Folha de S.Paulo
O Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) não acredita mais nos depoimentos dados pelo chefe de cozinha Moisés Manuel de Lima Sobrinho, 25 --que confessou ter planejado o furto ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Ele prestou depoimento duas vezes à polícia e concedeu uma entrevista à Folha e, em todos os casos, apresentou versões diferentes e contraditórias para o episódio.
O primeiro depoimento ocorreu logo após a prisão de Sobrinho em janeiro. Ele afirmou que havia escolhido as obras que seriam furtadas e planejado a entrada dos criminosos no Masp. O chefe de cozinha acusou os comparsas Robson de Jesus Jordão, 33, conhecido como Robinho, e Francisco Laerton Lopes Lima, 25, de terem invadido o museu.
No segundo depoimento --uma acareação entre Lima Sobrinho e Robinho no último dia 19--, o chefe de cozinha disse que foi ele quem entrou no museu no dia do furto e praticamente isentou os comparsas de culpa. Disse que as duas pessoas que o auxiliaram haviam sido "Alexandre Neguinho" e "Zezé". A polícia diz que ele pode ter sofrido intimidação.
À Folha, Sobrinho também disse que Robinho e Lima não entraram no museu e apontou os outros dois comparsas. Contudo, deu à reportagem informações que não haviam sido passadas à polícia.
Disse, pela primeira vez, que teve contato pessoal com o homem que compraria os quadros roubados. Afirmou que o receptador seria uma pessoa de muita notoriedade pública que revenderia as obras. Ele deu a entender que o receptador seria um político, mas não revelou seu nome, prometendo fazê-lo apenas em juízo.
Sobrinho também disse que dois membros da quadrilha haviam sido mortos após o crime. O chefe de cozinha afirmou ainda que o furto teria contado com a colaboração de funcionários de empresas públicas, que teriam providenciado que câmeras de segurança instaladas na avenida Paulista não registrassem a fuga do trio.
Convicção
O delegado Adilson Marcondes, do Deic, disse que não pretende ouvir o suspeito novamente por causa de suas afirmações discrepantes. "Os depoimentos dele não alteram em nada a convicção da polícia de que os três suspeitos participaram do furto", disse Marcondes, que, no entanto, solicitou cópia da entrevista dada à Folha para incluí-la no inquérito.
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Á lei e inconstitucional, não deveria ser aprovada, mais uma vez o cidadão vai pagar á conta.
Henry.
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Enfim, temos um pouco mais do mesmo.
Volto a enfatizar que a Imprensa Nacional é suave demais com certos políticos que administram nosso triste, pegagiado e inseguro Estado de São Paulo.
Estou esperando sair uma matéria sobre o salário que se paga a um policial militar, a um Delegado de Polícia Civil em São Paulo e quanto se paga em outros Estados.
A Imprensa tem uma imensa parcela de responsabilidade nesse descaso.
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