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02/07/2008 - 18h22

Justiça e Promotoria devem ter policiais próprios, defendem Cabral e Beltrame

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LUISA BELCHIOR
Colaboração para Folha Online, no Rio

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, defenderam nesta quarta-feira a devolução, aos quadros da Polícia Militar, dos policiais cedidos à Justiça e ao Ministério Público --caso do policial que atirou contra o estudante Daniel Duque, 18, na saída de uma boate em Ipanema (zona sul do Rio).

Duque morreu após ser atingindo por um tiro disparado pelo policial militar Marcos Parreira na madrugada de sábado (28), durante uma briga. Parreira fazia a segurança do filho da promotora de Justiça Márcia Velasco.

Cabral e Beltrame querem o efetivo que é cedido ao Ministério Público e à Justiça para, segundo eles, aumentar o número de policiais nas ruas. Os dois órgãos têm à disposição 735 homens (250 na Promotoria e 485 na Justiça) de um universo de 40 mil policiais militares da corporação em todo o Estado.

Os dois defenderam que os órgãos criem contingentes próprios de seguranças, contratados por meio de concurso público.

"Isso é o ideal, porque as duas instituições têm recursos próprios e autonomia", declarou, nesta quarta-feira, o governador. "Precisamos de mais homens na rua, estamos fazendo um esforço brutal". Cabral já defendia a devolução dos PMs cedidos. No início de sua gestão, anunciou a intenção. Nesta quarta-feira, contudo, afirmou que não vai retirar os policiais enquanto a Justiça e o Ministério Público não fizerem concursos.

"O trabalho do Ministério Público e da Justiça são extremamente importantes e não podemos deixar de apoiá-los. Não podemos generalizar e achar que tudo que é policial que está no MP e na Justiça está fazendo besteira semelhante [ao caso do policial que atirou no estudante em Ipanema]. Não vamos pegar esse caso isolado de despreparo desse policial que cometeu uma barbaridade e fazer disso uma epopéia contra o Judiciário e o MP terem uma quantidade de PMs".

Atualmente, 250 policiais militares do Rio estão emprestados ao Ministério Público do Estado. A Justiça do Rio tem 485 homens a disposição.

Embora apóie a devolução dos PMs, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que os policiais não serão retirados enquanto não houver novos concursos.

"Não podemos, na segunda-feira, tirar os policiais que estão trabalhando nessas instituições. O que tem que ser feito são essas instituições realizarem seus concursos públicos e criarem seus cargos de segurança. Essa é a saída. São órgãos que têm orçamento próprio, receitas próprias".

 

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