Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/10/2008 - 09h50

Em depoimento, capitão do Gate não cita disparo antes de invasão

Publicidade

ANDRÉ CARAMANTE
KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo

No principal trecho do depoimento que prestou à Polícia Civil à 1h01 de sábado (18), o capitão Adriano Giovanini, 37, principal negociador do Gate no caso de Santo André, não citou o tiro que os cinco PMs que invadiram o apartamento onde Lindemberg fazia reféns Eloá e Nayara dizem ter ouvido.

"O atirador não tinha campo de visada, motivo pelo qual a equipe de apoio acionou o dispositivo de acionamento do cordel detonante para a invasão, no clímax de tensão da operação; que o depoente [Giovanini] correu para a viatura de resgate para ligar o telefone em carregador para buscar contato telefônico com Lindemberg, quando, em seguida, ouviu-se estampido e explosão característica de acionamento do cordel", disse Giovanini em depoimento sete horas após a ação.

Na segunda-feira, Giovanini disse à Folha ter certeza de que os cinco PMs invadiram o apartamento por que ouviram um tiro dentro do local. Às 23h15 de ontem, a Folha voltou a procurá-lo, por meio do setor de Comunicação Social da PM, mas ele não foi localizado.

No depoimento, Giovanini disse: "Para complicar as coisas, por volta das 18h, baixou uma forte neblina, praticamente anulando a visibilidade. O gerente da crise [coronel Flávio Depieri] e o comandante policiamento de choque [coronel Eduardo Félix] rapidamente tomaram providências [...] visando rápida ação de contenção ou invasiva de urgência".

Indagado sobre o retorno de Nayara ao cativeiro, Giovanini disse: "Não sei dizer se o gerente da crise buscou contato ou autorização judicial para empregar os adolescentes Nayara e Douglas [irmão de Eloá] na resolução da crise".

Giovanini disse que, nos seus 13 anos de Gate, "não se recorda de ter presenciado ou participado de crise com o emprego de [um] adolescente em sua resolução". Quando alguém ajuda a polícia, é "maior de idade", diz. "O emprego de civis em tais operações é tido como excepcional e só é utilizado em casos extremos, pessoas estas que, geralmente, são parentes, advogados ou amigos próximos do causador da crise", disse.

Comentários dos leitores
Marcelo Simas (1) 28/11/2008 10h25
Marcelo Simas (1) 28/11/2008 10h25
Acho q essa reconstituição podería ser feita sem a presença da menina Nayara, pois ela já sofreu o bastqante vendo a Amiga Eloá ser assassinada de forma cruel e covarde. Por favor a Polícia devería respeitar a dor dessa menina. 6 opiniões
avalie fechar
Estas simulações só servem para satisfazer a vontade de aparecer na TV das autoridades nelas envolvidas. Ridículo tanto gasto público com simualação do que deu mídia. Por que não simulam a ação dos batedores de carteira dentro dos ônibus também? 10 opiniões
avalie fechar
fabio rosa (1) 14/11/2008 10h03
fabio rosa (1) 14/11/2008 10h03
Não sei os motivos que leveram ao Lindenberg tomar aquela decisão tragica em Santo Andre...
Tb não sei os motivos que leveram o pai de Eloa a mudar de nome, de cidade... esquecendo apenas de mudar de rosto !
As noticias sobre esse caso está bem feita. Meus parabens !
Agora... é claro que o pai de Eloa está em perigo...
Cá entre nós... se eu fosse ele nem advogado colocaria no caso... Ninguém... nem mesmo os melhores do Brasil conseguiriam proteger a vida dele... nem os irmãos saberiam meu paradeiro...
No meu ver... ele só tem duas opções... Ou se entregar e sujeitar-se a torturas até a morte ou então... fazer uma reforma no rosto e, como de costume, usar um nome falso em outro estado qualquer ! Quem sabe isso ele já fez hein !!!
Ele pode ter se a rependido de tudo, mas um dia vai pagar... Se bem que acredito que ele já pagou com a morte de sua filha de apenas 15 anos !
12 opiniões
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (384)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página