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10/12/2008 - 16h24

PM julgado por morte de João Roberto diz ter dado tiros de advertência em carro

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LUISA BELCHIOR
colaboração para a Folha Online, no Rio

O cabo da PM do Rio William de Paula, acusado de matar o menino João Roberto Amorim, 3, ao confundir o carro onde ele estava com o de criminosos afirmou nesta quarta-feira que "evitou o pior". À Justiça ele negou ter atirado contra o menino e disse que deu apenas tiros de advertência contra o pneu e o porta-malas do veículo.

Reprodução
João Roberto (à esq.), 3, morto após ser metralhado em operação policial, em foto com o irmão
João Roberto (à esq.), 3, morto após ser baleado por PMs, em foto com o irmão; governo do Rio deverá pagar indenização à sua família

O cabo é julgado no 2º Tribunal do Júri, no centro da cidade. Durante interrogatório, ele alegou que, mesmo tendo atirado contra o carro da mãe de João Roberto, disparou dois tiros de advertência por considerar se tratar de criminosos. Afirmou também que agiu com cautela, por isso, evitou a morte do irmão e da mãe do menino, que também estavam no veículo.

"Achei que era o Fiat Stilo [carro onde estavam supostos criminosos em fuga]. Mesmo assim, consegui evitar o pior", disse.

Ele relatou ao juiz Paulo Lanzelloti Baldez ter ficado emocionalmente abalado ao ver o menino baleado. "Não tive nem forças para tirar a criança do carro. Fiquei traumatizado porque sou pai de família."

O cabo está sendo submetido a júri popular e responde por homicídio duplamente qualificado --impossibilidade de defesa e meio que resulta perigo para as vítimas-- e tentativa de homicídio contra a mãe e o irmão de João Roberto.

O julgamento, o primeiro do caso, acontece desde as 11h desta quarta, sem previsão para terminar.

O soldado Elias Gonçalves, também acusado no caso, será julgado no próximo dia 15.

 

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