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25/06/2009 - 08h14

Governo recorre da suspensão à lei antifumo do Estado de SP

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VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO
da Folha de S.Paulo

Antes mesmo de ser notificada da decisão que suspende em parte a aplicação da lei antifumo, a Procuradoria Geral do Estado apresentou ontem ao Tribunal de Justiça um pedido de suspensão da sentença.

Anteontem, o juiz Valter Alexandre Mena havia suspendido a proibição aos fumódromos e a aplicação de multas aos 300 mil bares e restaurantes filiados à Abresi, uma das associações do setor, autora da ação.

A Secretaria de Justiça confirma o protocolo, mas disse não saber o teor nem a justificativa do recurso da procuradoria, e o Palácio dos Bandeirantes informou que a área jurídica não abriria a estratégia da defesa do governo.

O governador José Serra (PSDB), autor da proibição ao cigarro em todo o Estado, disse ontem que a "guerrilha jurídica é normal e perfeitamente previsível". "Estou completamente convencido de que a lei é absolutamente constitucional e que vai prevalecer. Eu não tenho dúvida disso", afirmou.

Ontem, uma nova sentença derrubando a lei antifumo foi dada pelo mesmo juiz em outro processo, o da Fhoresp, a federação de bares, hotéis e restaurantes de São Paulo.

A estratégia do setor foi pulverizar as ações em diversas varas, de forma que diferentes juízes tenham entendimentos diversos sobre a proibição ao fumo em todo o Estado.

Procurado pela reportagem, o juiz Valter Alexandre Mena, que deu as duas sentenças contra a lei antifumo, disse que só fala nos processos.

Justificativas usadas na sentença, como a de que a lei contra o fumo "desvia recursos" de outras atribuições do Estado, como "a cobrança dos devedores do IPVA, educação e compra de remédios", irritaram setores do governo e associações antitabagistas e levaram professores de direito constitucional a dizer que houve interferência "ideológica".

"O texto da decisão tem citações que são verdadeiras pérolas da falta de nexo, como a argumentação contrária à legislação antifumo com base em não haver proteção contra a poluição dos carros", diz Paula Johns, diretora da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo).

"São questões extrajurídicas, dessas que dão suporte a debates ideológicos e passionais, retóricos, escapando ao racionalismo", diz Pedro Maringolo, juiz aposentado e professor de direito do Mackenzie.

Ele diz, no entanto, concordar com a "fundamentação jurídica" de que há conflito de esferas com a legislação federal vigente sobre o fumo.

Comentários dos leitores
Eder Luiz Lino (16) 10/12/2009 13h38
Eder Luiz Lino (16) 10/12/2009 13h38
E Proibido Proibir assim ja dizia Caetano Veloso e eu concordo com ele em genero e grau o governo tem mais com que se preocupar essa estória de proibir o fumo, proibir isso e aquilo é pura demagogia, cada um tem o livre arbitrio de saber o que é bom ou ruim para ele.., esse papo de que o Estado gasta uma fortuna com o sistema de saude por causa dos fumantes é balela porque o sistema publico de saude esta fálido em todos os sentidos quem é usuario do SUS que o diga, o X da questão e que o Estado só quer arrecadar, tudo gira em torno de receita que você não sabe para onde vai, é multya de transito, é rodizio.. chega gente é precisdo dar um basta nisso tudo... deixem os fumantes morrerem em paz, afinal de contas escolher a form,a de como passaremos dessa para melhor é um direito do cidadão 3 opiniões
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Luly Novaes (1) 10/12/2009 13h02
Luly Novaes (1) 10/12/2009 13h02
Como disse o Filósofo Sócrates (460-369 a.c.) "É preciso que os homens bons respeitem as leis más, para que os homens maus respeitem as leis boas.". Lei é lei, e todos deveriam respeitá-la. Se há uma lei que proibe o fumo em locais fechados, que o fumo seja proibido. Como sempre a ganância está acima de tudo. Por isso vivemos nesse mundo de desrespeito, violência, maldade. Quando começarmos todos a obedecer às leis, respeitar o próximo, os mais velhos, os direitos alheios, estaremos vivendo em um mundo melhor. 2 opiniões
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O problema, caro Hamilton, é que se autuarem os presídios pelo fato de haver fumo lá dentro, seremos nós quem pagaremos a conta... Seria ótimo para o governo gerar recebíveis através de alguns autos de infração contra ele mesmo. 8 opiniões
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