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21/10/2002 - 17h23

Promotor diz que PCC planejava um ataque por dia em SP

LÍVIA MARRA
da Folha Online

Criminosos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) planejavam uma série de ataques em São Paulo, segundo a Polícia Civil. Os atentados eram tratados pelos criminosos pela palavra "festa", conforme revelam grampos telefônicos.

Segundo o promotor Roberto Porto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), integrantes da facção queriam "uma festa por dia".

Os atentados incluiam a Bolsa de Valores de São Paulo. As ordens partiam do preso José Márcio Felício, o Geleião, um dos fundadores do PCC. O ataque seria uma uma demonstração de força e uma represália contra o regime disciplinar do presídio de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), onde está preso, que conta com bloqueador de celular.

A mulher de Geleião, Petronilha Maria de Carvalho Felício, foi presa ontem, depois de visitar o marido. Na manhã desta segunda-feira, um carro roubado foi abandonado na via Anhanguera, região de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). Ele transportava detonadores e 12 bisnagas com emulsão explosiva, pesando cerca de 30 quilos.

Segundo o delegado Godofredo Bittencourt, diretor do Deic (Departamento de Investigação Contra o Crime Organizado), o abandono do carro com os explosivos está relacionado com a prisão da mulher.

"Queriam se livrar dos explosivos", completou o delegado Ruy Ferraz Fontes, da Delegacia de Roubo a Bancos do Deic.

Bovespa
O ataque ao prédio da Bovespa poderia ocorrer até a próxima sexta-feira, conforme o Deic.

Fortes confirma que ao menos três atentados contra policiais ocorridos este mês foram realizados pelo PCC: um contra uma guarnição, ocorrida sábado no Guarujá, litoral, outro contra dois policiais militares na região central de São Paulo e o terceiro em Campinas, que resultou na morte de um policial. O próximo alvo seria a Bovespa.

"Temos prova disso também", disse.

A polícia avisou a Bolsa, na semana passada, sobre uma possível ação criminosa.

A polícia também descobriu que Geleião havia ameaçado de morte duas mulheres e dois presos rivais. Eles foram transferidos, por medida de segurança, do 43º Distrito Policial (Cidade Ademar) e do presídio de Franco da Rocha, na Grande São Paulo.



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