Publicidade
Publicidade
04/12/2002
-
10h47
MARCO DE CASTRO
LARISSA FÉRIA
do Agora São Paulo
Um policial militar do 18º Batalhão estava envolvido no tiroteio ocorrido na noite de segunda-feira durante a festa para a escolha do rei Momo, em São Paulo. Ele aparece em foto, no tumulto, sem camisa e com uma arma na cintura. Uma pessoa ficou ferida.
Segundo o coronel Jairo Paes de Lira, responsável pelo comando de policiamento da zona norte da capital, o homem que aparece na fotografia é um soldado. Seu nome não foi divulgado porque, de acordo com o coronel, ele "ainda é um suspeito que vai ser investigado".
O policial pode ter sido um dos autores dos dez tiros disparados durante uma briga entre torcedores corintianos e são-paulinos que interrompeu o concurso de rainha e rei Momo do Carnaval 2003, no Palácio de Convenções do Anhembi (zona norte). O estudante Marco Aurélio Lacerda, 19 anos, foi baleado de raspão.
O conflito envolveu integrantes da escola Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas do Corinthians, e do bloco carnavalesco Independente, composta por são-paulinos. As agremiações fariam um show no evento.
A Polícia Civil suspeita ainda que pelo menos outro PM à paisana, ainda não identificado, tenha atirado. Um terceiro PM, este fardado _mas também não identificado_, foi indiciado sob acusação de ter ajudado os colegas sem farda a fugir do local. Segundo ocorrência registrada no 13º DP (Casa Verde), o policial fardado teria impedido a GCM de prender os colegas.
Ao Agora, um guarda-civil contou que este PM chegou a arrancar de suas mãos a arma que ele havia apreendido do policial à paisana. Segundo depoimentos de GCMs à polícia, convidados da festa apontaram aos guardas um grupo de sete homens como os responsáveis pelo tiroteio.
O homem fotografado pelo Agora e outro _ambos com armas na cintura_ identificaram-se como policiais militares e recusaram-se a acompanhar os guardas. Eles e o policial fardado foram indiciados no DP por disparo de arma de fogo, lesão corporal dolosa, favorecimento pessoal e dano.
Identificação
"A foto foi preciosa para que conseguíssemos identificar o policial", afirmou o coronel.
O caso também está sendo investigado pela Corregedoria da PM, que instaurou um Inquérito Policial Militar. Ele deverá ser concluído em 40 dias. O coronel Paes de Lira informa ainda que caberá à PM investigar somente o crime cometido pelo policial fardado, que é acusado de prevaricação (quando funcionário público deixa de cumprir sua função).
Apenas três jovens foram detidos para averiguação no tumulto. Após depoimento no DP, foram liberados.
Depois da confusão, o evento chegou a ser reiniciado. Os jurados sentaram à mesa e assistiram à apresentação do passista Criolé e da cantora Leci Brandão. O concurso de Rei Momo e Rainha foi cancelado.
Leia mais:
Não houve revista em festa para escolha do rei Momo
Nova data de concurso de rei Momo ainda não foi definida
Torcidas organizadas são campeãs do Carnaval
Gaviões quer investigação e Independente não fala sobre crime
PM visto em concurso de rei Momo estava de folga, alega comando
PM pode estar envolvido no tiroteio da festa do rei Momo
FAUSTO SALVADORI FILHOMARCO DE CASTRO
LARISSA FÉRIA
do Agora São Paulo
Um policial militar do 18º Batalhão estava envolvido no tiroteio ocorrido na noite de segunda-feira durante a festa para a escolha do rei Momo, em São Paulo. Ele aparece em foto, no tumulto, sem camisa e com uma arma na cintura. Uma pessoa ficou ferida.
Segundo o coronel Jairo Paes de Lira, responsável pelo comando de policiamento da zona norte da capital, o homem que aparece na fotografia é um soldado. Seu nome não foi divulgado porque, de acordo com o coronel, ele "ainda é um suspeito que vai ser investigado".
O policial pode ter sido um dos autores dos dez tiros disparados durante uma briga entre torcedores corintianos e são-paulinos que interrompeu o concurso de rainha e rei Momo do Carnaval 2003, no Palácio de Convenções do Anhembi (zona norte). O estudante Marco Aurélio Lacerda, 19 anos, foi baleado de raspão.
O conflito envolveu integrantes da escola Gaviões da Fiel, uma das torcidas organizadas do Corinthians, e do bloco carnavalesco Independente, composta por são-paulinos. As agremiações fariam um show no evento.
A Polícia Civil suspeita ainda que pelo menos outro PM à paisana, ainda não identificado, tenha atirado. Um terceiro PM, este fardado _mas também não identificado_, foi indiciado sob acusação de ter ajudado os colegas sem farda a fugir do local. Segundo ocorrência registrada no 13º DP (Casa Verde), o policial fardado teria impedido a GCM de prender os colegas.
Ao Agora, um guarda-civil contou que este PM chegou a arrancar de suas mãos a arma que ele havia apreendido do policial à paisana. Segundo depoimentos de GCMs à polícia, convidados da festa apontaram aos guardas um grupo de sete homens como os responsáveis pelo tiroteio.
O homem fotografado pelo Agora e outro _ambos com armas na cintura_ identificaram-se como policiais militares e recusaram-se a acompanhar os guardas. Eles e o policial fardado foram indiciados no DP por disparo de arma de fogo, lesão corporal dolosa, favorecimento pessoal e dano.
Identificação
"A foto foi preciosa para que conseguíssemos identificar o policial", afirmou o coronel.
O caso também está sendo investigado pela Corregedoria da PM, que instaurou um Inquérito Policial Militar. Ele deverá ser concluído em 40 dias. O coronel Paes de Lira informa ainda que caberá à PM investigar somente o crime cometido pelo policial fardado, que é acusado de prevaricação (quando funcionário público deixa de cumprir sua função).
Apenas três jovens foram detidos para averiguação no tumulto. Após depoimento no DP, foram liberados.
Depois da confusão, o evento chegou a ser reiniciado. Os jurados sentaram à mesa e assistiram à apresentação do passista Criolé e da cantora Leci Brandão. O concurso de Rei Momo e Rainha foi cancelado.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice