ONS prepara relatório sobre apagão e volta a negar fragilidade do sistema

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, reiterou nesta terça-feira a posição do governo de que o sistema do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) é fechado e, por isso, inacessível a tentativas de sabotagem. Questionado se o sistema é à prova de hackers, o secretário acenou afirmativamente.

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Zimmermann comandou a primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo governo para acompanhar as investigações sobre o apagão da última terça-feira (10) e que atingiu 18 Estados.

Após o encontro, que serviu basicamente para traçar um programa de trabalho do grupo, o secretário falou que descarta qualquer outro motivo para o incidente senão o curto-circuito, motivado pelo mau tempo. "Não acredito que possa surgir outro elemento", afirmou.

O ONS está com 70 técnicos reunidos no Rio de Janeiro para elaborar o RAP (Relatório de Análise de Perturbação), um documento "bastante completo", nas palavras do secretário, sobre o apagão. O relatório deve ser entregue ainda hoje para a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

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O ONS confirmou segunda-feira (16) a invasão da rede corporativa do órgão na última quinta (12), dois dias após o blecaute que atingiu 18 Estados. De acordo com o órgão, o pirata virtual "demonstrou que poderia entrar no sistema", mas nada foi danificado, pois o ONS detectou o problema rapidamente.

O ONS negou, entretanto, que o site operacional do órgão --que controla os serviços de transmissão de energia elétrica-- tenha sido invadido, já que este sistema é controlado apenas por comandos de voz. Ainda segundo o órgão, o fato não tem nenhuma relação com o apagão da semana passada.