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08/01/2003
-
08h11
O cantor Marcelo Pires Vieira, 28, o Belo, condenado pela 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio a seis anos de prisão, responderá ao processo em liberdade.
Ele é acusado de tráfico e de associação para o tráfico de drogas. O direito de recorrer em liberdade foi concedido pela juíza Ruth Viana, autora da sentença.
A sentença foi dada no último dia 30, mas a divulgação só ocorreu ontem. O Tribunal de Justiça do Rio estava em recesso.
A defesa do cantor informou que recorrerá da decisão. Belo soube da notícia ontem e não se pronunciará sobre o caso, segundo o advogado Raphael Mattos.
As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, e divulgados em maio de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte).
Vado foi morto em 20 de agosto, durante confronto com policiais militares na favela.
Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR" para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Indiciados
Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, entre elas Vado (já morto) e o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O crime ocorreu em 2 de junho do ano passado no complexo do Alemão (zona norte). Elias Maluco foi preso dia 20 de setembro, durante operação policial.
Segundo a sentença, apenas um dos acusados foi absolvido. Dos condenados, apenas Belo poderá apelar em liberdade.
Prisão
A prisão preventiva de Belo foi decretada em 29 de maio, mas ele se entregou depois de passar uma semana foragido.
O cantor ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
Em 8 de agosto, a ministra Ellen Gracie Northfleet, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou o habeas corpus.
A partir daí, a Justiça julgou recursos que pediam o restabelecimento da prisão do cantor, mas ele permanece em liberdade.
Leia mais:
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Condenado a seis anos de prisão, Belo responderá em liberdade
da Folha OnlineO cantor Marcelo Pires Vieira, 28, o Belo, condenado pela 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio a seis anos de prisão, responderá ao processo em liberdade.
Folha Imagem O cantor Belo |
A sentença foi dada no último dia 30, mas a divulgação só ocorreu ontem. O Tribunal de Justiça do Rio estava em recesso.
A defesa do cantor informou que recorrerá da decisão. Belo soube da notícia ontem e não se pronunciará sobre o caso, segundo o advogado Raphael Mattos.
As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de grampos, autorizados pela Justiça, e divulgados em maio de 2002. Os grampos revelaram conversas entre o cantor e Waldir Ferreira, o Vado, apontado pela polícia como gerente do tráfico na favela do Jacarezinho (zona norte).
Vado foi morto em 20 de agosto, durante confronto com policiais militares na favela.
Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pede R$ 11 mil para comprar um "tecido fino". Em troca, daria um "tênis AR" para Belo. Para a polícia, o "tecido fino" é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
Indiciados
Ao todo, 21 pessoas foram indiciadas no processo, entre elas Vado (já morto) e o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, principal acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. O crime ocorreu em 2 de junho do ano passado no complexo do Alemão (zona norte). Elias Maluco foi preso dia 20 de setembro, durante operação policial.
Segundo a sentença, apenas um dos acusados foi absolvido. Dos condenados, apenas Belo poderá apelar em liberdade.
Prisão
A prisão preventiva de Belo foi decretada em 29 de maio, mas ele se entregou depois de passar uma semana foragido.
O cantor ficou detido na carceragem da DAS (Delegacia Anti-Sequestro), no Leblon, zona sul, por 37 dias, até ser beneficiado pelo habeas corpus concedido pelo presidente do STF, ministro Marco Aurélio de Mello, durante o recesso do judiciário.
Em 8 de agosto, a ministra Ellen Gracie Northfleet, do STF (Supremo Tribunal Federal), revogou o habeas corpus.
A partir daí, a Justiça julgou recursos que pediam o restabelecimento da prisão do cantor, mas ele permanece em liberdade.
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