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30/01/2003
-
18h53
O delegado Ítalo Miranda Júnior, do 13° Distrito Policial (Casa Verde), disse hoje que tem provas de que algum familiar do cirurgião Farah Jorge Farah, 53, o ajudou a levar para o carro os sacos plásticos onde estavam partes do corpo da dona-de-casa Maria do Carmo Alves, 46, em São Paulo.
"A pessoa não pode ser responsabilizada criminalmente, pois provavelmente não sabia o que estava carregando", disse o delegado.
O circuito interno de câmeras do consultório gravou a chegada deste parente, que saiu do consultório com os sacos de lixo.
Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 18h30 da sexta-feira (24), e Farah teria ficado no consultório até a manhã de sábado, quando pediu ajuda para retirar os sacos de lixo.
Hoje a mãe de Farah, Anália, prestou depoimento. Segundo Miranda, o depoimento acrescentou alguns dados ao inquérito. No entanto, ele não revelou quais foram esses dados.
Anália ficou aparentemente muito abalada e chegou a passar mal na sala do delegado.
A reconstituição do crime deverá ocorrer no domingo.
Denúncia
A supervisora de telefonia Sandra Maria Sampaio, 43, procurou hoje a polícia para fazer reclamações sobre o cirurgião plástico.
Sandra disse ter feito uma cirurgia com o médico em janeiro de 1993, de redução de mama. Segundo ela, após tomar anestesia, viu o médico encostar em seu rosto e acariciar seu corpo. No entanto, a supervisora disse que não sabia se era uma alucinação, pois estava medicada.
Segundo informações da rádio CBN, ela retornou à clínica para reclamar da cirurgia e questionar o médico sobre o suposto assédio. Segundo Sandra, Farah disse que ela estava 'delirando'.
Hoje, a polícia divulgou trechos de uma fita contendo um diálogo por telefone entre o cirurgião e a dona-de-casa.
Conversa
- Maria do Carmo: Você me chama de louca, mas eu não sou tão louca assim não, vai.
- Farah: Eu não te chamo de louca, eu só falo quando a gente está brigando.
- Maria do Carmo: Falaram para mim que você me chama de louca.
- Farah: Maria do Carmo, não dá bola para o que um fala, por favor.
- Maria do Carmo: É, senão a gente vai acabar brigando.
- Farah: Você fica dando bola para o que um fala, o que o outro fala, a pior coisa do mundo é quando uma pessoa...
A fita foi encontrada na clínica do médico e apreendida, durante vistoria, na tarde de ontem, pela polícia.
Foram apreendidos ainda instrumentos cirúrgicos _aparentemente manchados com sangue_, anestésicos, gravadores e uma máquina fotográfica. Também foram encontrados supostos pedaços de tecido humano em uma banheira, onde Maria do Carmo teria sido esquartejada.
O cirurgião confessou em depoimento à polícia ser o autor do crime.
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Delegado diz que familiar de Farah o ajudou a transportar corpo
da Folha OnlineO delegado Ítalo Miranda Júnior, do 13° Distrito Policial (Casa Verde), disse hoje que tem provas de que algum familiar do cirurgião Farah Jorge Farah, 53, o ajudou a levar para o carro os sacos plásticos onde estavam partes do corpo da dona-de-casa Maria do Carmo Alves, 46, em São Paulo.
"A pessoa não pode ser responsabilizada criminalmente, pois provavelmente não sabia o que estava carregando", disse o delegado.
O circuito interno de câmeras do consultório gravou a chegada deste parente, que saiu do consultório com os sacos de lixo.
Segundo a polícia, o crime ocorreu por volta das 18h30 da sexta-feira (24), e Farah teria ficado no consultório até a manhã de sábado, quando pediu ajuda para retirar os sacos de lixo.
Hoje a mãe de Farah, Anália, prestou depoimento. Segundo Miranda, o depoimento acrescentou alguns dados ao inquérito. No entanto, ele não revelou quais foram esses dados.
Anália ficou aparentemente muito abalada e chegou a passar mal na sala do delegado.
A reconstituição do crime deverá ocorrer no domingo.
Denúncia
A supervisora de telefonia Sandra Maria Sampaio, 43, procurou hoje a polícia para fazer reclamações sobre o cirurgião plástico.
Sandra disse ter feito uma cirurgia com o médico em janeiro de 1993, de redução de mama. Segundo ela, após tomar anestesia, viu o médico encostar em seu rosto e acariciar seu corpo. No entanto, a supervisora disse que não sabia se era uma alucinação, pois estava medicada.
Segundo informações da rádio CBN, ela retornou à clínica para reclamar da cirurgia e questionar o médico sobre o suposto assédio. Segundo Sandra, Farah disse que ela estava 'delirando'.
Hoje, a polícia divulgou trechos de uma fita contendo um diálogo por telefone entre o cirurgião e a dona-de-casa.
Conversa
- Maria do Carmo: Você me chama de louca, mas eu não sou tão louca assim não, vai.
- Farah: Eu não te chamo de louca, eu só falo quando a gente está brigando.
- Maria do Carmo: Falaram para mim que você me chama de louca.
- Farah: Maria do Carmo, não dá bola para o que um fala, por favor.
- Maria do Carmo: É, senão a gente vai acabar brigando.
- Farah: Você fica dando bola para o que um fala, o que o outro fala, a pior coisa do mundo é quando uma pessoa...
A fita foi encontrada na clínica do médico e apreendida, durante vistoria, na tarde de ontem, pela polícia.
Foram apreendidos ainda instrumentos cirúrgicos _aparentemente manchados com sangue_, anestésicos, gravadores e uma máquina fotográfica. Também foram encontrados supostos pedaços de tecido humano em uma banheira, onde Maria do Carmo teria sido esquartejada.
O cirurgião confessou em depoimento à polícia ser o autor do crime.
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