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07/02/2003
-
21h25
free-lance para a Folha Campinas
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campinas, Maurício Henrique Guimarães Filho, acatou nesta sexta-feira a denúncia do Ministério Público Estadual contra o casal Alexandre Alvarenga, 32, e Sara Maria Rosolen Alvarenga, 31, e determinou a prisão preventiva dos dois. O casal é acusado de ter tentado matar os filhos -de 1 e 6 anos- no último domingo (2). Ambos já estão presos.
Os depoimentos de Alexandre e de Sara estão marcados para o próximo dia 26, às 14h, no Fórum de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo).
Depois de ouvir o casal e as testemunhas do caso, o juiz irá determinar se os réus serão levados a júri popular. Segundo a denúncia do promotor Marco Tadeu Rioli, o casal deve ser condenado por dupla tentativa de homicídio intencional. Rioli disse considerar que o crime foi premeditado.
Para ele, o acidente de trânsito em que se envolveu o casal antes das agressões foi provocado por Alexandre.
Se forem condenados, os réus poderão ser condenados a penas que variam de 12 anos e 20 anos de detenção. "Vamos tentar caracterizar o caso como crime hediondo, para que toda a pena seja cumprida em regime fechado, sem relaxamento", afirmou Rioli.
O promotor disse que, se o caso for levado a júri popular, tentará mostrar que a tentativa de homicídio contou com o apoio decidido de Sara.
"Mesmo que ela não tenha participado diretamente das agressões, durante todo o tempo ela estimulou o marido a agir daquela maneira, o que caracteriza a sua responsabilidade", declarou Rioli.
O bebê, que foi jogado pelo pai contra o pára-brisa de um carro em movimento, já respira sem a ajuda de aparelhos, mas continua internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas.
Mesmo assim, a criança ainda corre risco de morte e continua em estado de coma.
O laudo técnico elaborado pelos médicos do Hospital Celso Pierro indicou a presença de cocaína no organismo de Alexandre e de Sara, além de vestígios de álcool no sangue do marido. O exame, porém, não especifica se, no momento da tentativa de homicídio contra os filhos, o casal estava sob o efeito da droga.
O advogado que defende Sara Alvarenga, Pedro Renato Marcelino, irá ingressar na segunda-feira no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com pedido de habeas corpus para revogar a prisão preventiva de Sara.
O advogado alega que não há participação ativa de Sara nas agressões contra os filhos e, por isso, ela poderia acompanhar o processo em liberdade.
Além disso, Marcelino afirmou que o juiz não fundamentou a sua decisão, o que iria contra a Constituição.
O advogado de Alexandre, Luiz Henrique Cirilo, não foi encontrado para comentar a decisão da Justiça.
O casal formava a dupla sertaneja Xandy e Sara e lançaria o terceiro CD.
Alexandre está preso no Centro de Detenção Provisória de Hortolândia e Sara na cadeia feminina de Valinhos.
O juiz titular da Vara da Infância e da Juventude de Campinas, Richard Pae Kim, ainda não julgou o pedido feito pelo Ministério Público com relação à guarda das crianças.
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Menino respira sem ajuda de aparelhos
Promotoria denuncia casal de Campinas
Juiz aceita denúncia e mantém preso casal acusado de agressão
PAULO REDAfree-lance para a Folha Campinas
O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campinas, Maurício Henrique Guimarães Filho, acatou nesta sexta-feira a denúncia do Ministério Público Estadual contra o casal Alexandre Alvarenga, 32, e Sara Maria Rosolen Alvarenga, 31, e determinou a prisão preventiva dos dois. O casal é acusado de ter tentado matar os filhos -de 1 e 6 anos- no último domingo (2). Ambos já estão presos.
Os depoimentos de Alexandre e de Sara estão marcados para o próximo dia 26, às 14h, no Fórum de Campinas (95 km a noroeste de São Paulo).
Depois de ouvir o casal e as testemunhas do caso, o juiz irá determinar se os réus serão levados a júri popular. Segundo a denúncia do promotor Marco Tadeu Rioli, o casal deve ser condenado por dupla tentativa de homicídio intencional. Rioli disse considerar que o crime foi premeditado.
Para ele, o acidente de trânsito em que se envolveu o casal antes das agressões foi provocado por Alexandre.
Se forem condenados, os réus poderão ser condenados a penas que variam de 12 anos e 20 anos de detenção. "Vamos tentar caracterizar o caso como crime hediondo, para que toda a pena seja cumprida em regime fechado, sem relaxamento", afirmou Rioli.
O promotor disse que, se o caso for levado a júri popular, tentará mostrar que a tentativa de homicídio contou com o apoio decidido de Sara.
"Mesmo que ela não tenha participado diretamente das agressões, durante todo o tempo ela estimulou o marido a agir daquela maneira, o que caracteriza a sua responsabilidade", declarou Rioli.
O bebê, que foi jogado pelo pai contra o pára-brisa de um carro em movimento, já respira sem a ajuda de aparelhos, mas continua internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas.
Mesmo assim, a criança ainda corre risco de morte e continua em estado de coma.
O laudo técnico elaborado pelos médicos do Hospital Celso Pierro indicou a presença de cocaína no organismo de Alexandre e de Sara, além de vestígios de álcool no sangue do marido. O exame, porém, não especifica se, no momento da tentativa de homicídio contra os filhos, o casal estava sob o efeito da droga.
O advogado que defende Sara Alvarenga, Pedro Renato Marcelino, irá ingressar na segunda-feira no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo com pedido de habeas corpus para revogar a prisão preventiva de Sara.
O advogado alega que não há participação ativa de Sara nas agressões contra os filhos e, por isso, ela poderia acompanhar o processo em liberdade.
Além disso, Marcelino afirmou que o juiz não fundamentou a sua decisão, o que iria contra a Constituição.
O advogado de Alexandre, Luiz Henrique Cirilo, não foi encontrado para comentar a decisão da Justiça.
O casal formava a dupla sertaneja Xandy e Sara e lançaria o terceiro CD.
Alexandre está preso no Centro de Detenção Provisória de Hortolândia e Sara na cadeia feminina de Valinhos.
O juiz titular da Vara da Infância e da Juventude de Campinas, Richard Pae Kim, ainda não julgou o pedido feito pelo Ministério Público com relação à guarda das crianças.
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