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15/03/2003 - 12h27

Polícia procura assassinos de juiz-corregedor; ainda não há detidos

LÍVIA MARRA
da Folha Online

A Polícia Civil de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo) tenta localizar os assassinos do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47, morto ontem no centro da cidade.

Dias era responsável por conceder transferências e benefícios aos presos da região. Entre eles estão os principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ligado ao CV (Comando Vermelho), detidos na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes.

Até o momento, nenhum suspeito foi detido. De acordo com informações da delegacia da cidade, moradores da região e pessoas que estavam próximas ao local do crime são ouvidas.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey designou ontem três promotores para acompanhar as investigações.

O juiz foi baleado por ocupantes de um Fiat Uno, que fecharam seu Vectra por volta das 18h30. O crime ocorreu pouco depois de Dias deixar o fórum.

Segundo a Polícia Civil, um dos criminosos desceu do carro e atirou quatro vezes contra o juiz. Teria utilizado uma pistola calibre 9mm. Ao menos dois tiros atingiram o juiz -na cabeça e no tórax. O carro de Dias bateu contra uma árvore.

O juiz teria tentado usar o celular ao perceber que seria atacado.

O Fiat usado pelos criminosos foi abandonado nas proximidades. De acordo com informações da delegacia da cidade, o veículo seria furtado.

Desde o ano passado, a polícia tem interceptado planos de atentados contra autoridades que atuaram contra o PCC em represália ao rígido sistema da penitenciária de Presidente Bernardes, que conta com bloqueador de celular e é considerada a mais segura do país. Não há confirmação, porém, se Dias teria sido vítima de uma emboscada praticada por facções criminosas.

O juiz havia negado, recentemente, pedido de advogados de Beira-Mar, que queriam visitá-lo na penitenciária antes dos dez dias de isolamento obrigatório aos presos recém-chegados.


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