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26/03/2003 - 22h02

Mulher citada em bilhete que ligaria PCC à morte de juiz é presa

LÍVIA MARRA
da Folha Online

A polícia de São Paulo prendeu nesta quarta-feira uma mulher apontada como "tesoureira" do PCC (Primeiro Comando da Capital) e que teve o nome citado em um bilhete que ligaria a facção criminosa ao assassinato do juiz-corregor Antonio José Machado Dias. O crime ocorreu dia 14 em Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo).

Rosângela Aparecida Lendramandi, conhecida como Fia, foi detida em Osasco, região metropolitana, acusada de formação de quadrilha. De acordo com a Polícia Civil, ela já era investigada desde o ano passado, quando ocorreram ações criminosas atribuídas ao PCC.

O uso do apelido era uma das dificuldades da polícia para chegar até a acusada. A partir do bilhete e do interrogatório de presos, porém, Fia foi detida.

O recado, que foi escrito pelo preso conhecido como Gegê do Mangue e interceptado por agentes da penitenciária de Avaré, seria destinado ao líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e conteria um aviso cifrado sobre o assassinato do juiz.

Além de cuidar da contabilidade da facção, a acusada seria mulher de um preso conhecido como Zampa, preso em Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo).

De acordo com o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, ela também atuava como "pombo-correio", levando e trazendo ordens e informações dos integrantes da facção.

Agendas, informações sobre a "contabilidade" do PCC, cartas e bilhetes de presos foram apreendidos com a acusada, segundo o Deic.

Sobre seu envolvimento no assassinato do juiz, a polícia diz que ainda não há fatos que liguem a acusada ao crime, além de seu nome citado no bilhete. Ela teria negado envolvimento.

Suspeito

Um suspeito de envolvimento no assassinato do juiz-corregedor foi preso nesta terça-feira. No entanto, o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) não divulgou detalhes para preservar as investigações.

O suspeito não teria ligação direta com os assassinos, mas, a partir dele, a polícia espera chegar aos criminosos.

O juiz-corregedor era responsável por conceder ou negar benefícios para presos da região. Entre eles, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ele foi atingido por três tiros pouco depois de deixar o fórum da cidade. Seu carro, um Vectra, foi fechado por dois veículos.


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