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02/04/2003 - 17h14

Secretaria da Saúde descarta caso de pneumonia atípica em Campinas

da Folha Online

A Secretaria de Estado da Saúde descartou hoje a possibilidade de um caso de pneumonia atípica, a Sars (síndrome respiratória severa aguda) em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo). A secretaria, porém, anunciou que uma jornalista britânica de 42 anos foi internada em um hospital da capital com suspeitas da doença.

A suspeita de Campinas havia sido levantada porque uma mulher de 26 anos procurou o sistema de saúde após embarcar no Japão em um vôo onde viajavam passageiros de Hong Kong.

Segundo a Prefeitura de Campinas, ela apresentou febre, tosse, falta de ar, dor de cabeça e dor toráxica ainda durante o vôo e foi atendida em Nova York. Foi liberada e orientada a procurar o serviço de saúde no Brasil.

O superintendente da Sucen (Superintendência do Controle de Endemias) de São Paulo, Luiz Jacintho, afirmou que a paciente passou por exames no Hospital de Clínicas da Unicamp e as suspeitas foram descartadas.

De acordo com a Secretaria da Saúde, com base em informações passadas pelo presidente da Comissão de Infectologia do Hospital das Clínicas de Campinas, Plínio Trabasso, a mulher não preenche os sintomas da doença e não esteve em um país com surto da doença há menos de dez dias.

Suspeita

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo anunciou hoje que uma jornalista britânica de 42 anos foi internada em um hospital particular da capital com suspeita de pneumonia atípica. A paciente, que não teve o nome revelado, esteve na Malásia para acompanhar o GP de F-1, entre os dias 22 e 23 de março.

Segundo a secretaria, a jornalista deixou a Malásia em um avião, fez escala em Cingapura e chegou ao Brasil na última segunda-feira, para acompanhar o GP Brasil de F-1, que ocorrerá no próximo domingo.

O secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, afirma que a jornalista está em "boas condições de saúde" e não corre risco de morte. "O tratamento que está sendo feito é o de uma gripe: hidratação, oxigênio, não existe um tratamento específico. Ela não está na UTI, com respirador, nada disso", disse.

O secretário afirmou que não há risco de contaminação. "As pessoas não correm nenhum perigo. Não há risco de contaminação de pessoas que estão num cinema, por exemplo, por uma pessoa que tinha a doença [e que estava no mesmo local]."

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a jornalista pode não estar contaminada com a pneumonia atípica porque a evolução do quadro da paciente aponta para a pneumonia bacteriana, menos perigosa que a Sars.

O ministro Humberto Costa afirmou não cogitar a possibilidade de uma epidemia da Sars no Brasil. Segundo ele, o Ministério da Saúde vem tomado todas as medidas para evitar a possível proliferação do vírus se algum caso for registrado no país.

Entre as medidas estão a colocação de avisos em portos e aeroportos, expedição de alerta a todos os hospitais para os procedimentos e orientação para isolamento das pessoas que apresentarem os sintomas da doença.

A pneumonia atípica surgiu na Ásia e se espalhou para outros países, deixando 62 mortos no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

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