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08/04/2003
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22h12
O trabalho de retirada da lama tóxica em Cataguases (MG) foi restabelecido hoje depois da paralisação de um dia por causa da chuva que atingiu o município na segunda-feira, prejudicando o tráfego de 47 caminhões e máquinas que fazem a limpeza do córrego do Cágado e as áreas próximas afetadas.
Os técnicos começaram também a monitorar o lençol freático para saber se houve contaminação. Ao mesmo tempo, iniciaram os estudos no solo afetado pela lama tóxica, mas serão necessários muitas análises antes que os produtores rurais afetados sejam informados se houve comprometimento das suas terras.
A segunda barragem da Florestal Cataguazes e da Indústria Cataguazes de Papel, responsabilizadas pelo acidente ambiental que despejou no ambiente milhões de litros do resíduo tóxico (água, lignina e soda cáustica), está sendo esvaziada aos poucos. O trabalho é necessário porque ela corre risco de rompimento.
À tarde, o volume dessa segunda barragem já havia sido reduzido em 30 cm. Os rejeitos estão sendo levados para a barragem rompida, que foi compactada.
Segundo o tenente-coronel José Geraldo de Azevedo Lima, secretário-executivo do Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), o nível dessa segunda barragem terá que baixar cerca de dois metros, o que representa a transferência de aproximadamente 100 milhões de litros da mistura.
O Ministério Público de Minas Gerais designou três promotores para trabalharem no inquérito que investiga o acidente, sob a coordenação do procurador de Justiça Jarbas Soares Júnior, coordenador das Promotorias do Meio Ambiente.
Além da ação civil, que visa ressarcir os danos, eles vão apurar também as responsabilidades, incluindo a participação dos órgãos ambientais envolvidos na questão.
O Ministério Público Estadual já havia apresentado à empresa um termo de "pré-ajustamento" para que a indústria assumisse os custos de algumas medidas emergenciais que estão sendo tomadas. Segundo a assessoria do órgão, essa negociação ficou prejudicada com a decretação da prisão dos donos das empresas.
Mancha tóxica
O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Luiz Fernando Schettino, e o presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros, sobrevoaram ontem o Estado para verificar se a mancha tóxica que chegou ao sul do Estado havia se alastrado.
Segundo Schettino, os produtos químicos na foz do rio Paraíba do Sul estavam se dispersando. "Não encontramos presença de material concentrado.
Recomendamos que não se pescasse no sul do Estado por precaução", disse o secretário.
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Após vazamento tóxico, técnicos monitoram lençol freático de MG
da Agência Folha, em Belo HorizonteO trabalho de retirada da lama tóxica em Cataguases (MG) foi restabelecido hoje depois da paralisação de um dia por causa da chuva que atingiu o município na segunda-feira, prejudicando o tráfego de 47 caminhões e máquinas que fazem a limpeza do córrego do Cágado e as áreas próximas afetadas.
Os técnicos começaram também a monitorar o lençol freático para saber se houve contaminação. Ao mesmo tempo, iniciaram os estudos no solo afetado pela lama tóxica, mas serão necessários muitas análises antes que os produtores rurais afetados sejam informados se houve comprometimento das suas terras.
A segunda barragem da Florestal Cataguazes e da Indústria Cataguazes de Papel, responsabilizadas pelo acidente ambiental que despejou no ambiente milhões de litros do resíduo tóxico (água, lignina e soda cáustica), está sendo esvaziada aos poucos. O trabalho é necessário porque ela corre risco de rompimento.
À tarde, o volume dessa segunda barragem já havia sido reduzido em 30 cm. Os rejeitos estão sendo levados para a barragem rompida, que foi compactada.
Segundo o tenente-coronel José Geraldo de Azevedo Lima, secretário-executivo do Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), o nível dessa segunda barragem terá que baixar cerca de dois metros, o que representa a transferência de aproximadamente 100 milhões de litros da mistura.
O Ministério Público de Minas Gerais designou três promotores para trabalharem no inquérito que investiga o acidente, sob a coordenação do procurador de Justiça Jarbas Soares Júnior, coordenador das Promotorias do Meio Ambiente.
Além da ação civil, que visa ressarcir os danos, eles vão apurar também as responsabilidades, incluindo a participação dos órgãos ambientais envolvidos na questão.
O Ministério Público Estadual já havia apresentado à empresa um termo de "pré-ajustamento" para que a indústria assumisse os custos de algumas medidas emergenciais que estão sendo tomadas. Segundo a assessoria do órgão, essa negociação ficou prejudicada com a decretação da prisão dos donos das empresas.
Mancha tóxica
O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Luiz Fernando Schettino, e o presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros, sobrevoaram ontem o Estado para verificar se a mancha tóxica que chegou ao sul do Estado havia se alastrado.
Segundo Schettino, os produtos químicos na foz do rio Paraíba do Sul estavam se dispersando. "Não encontramos presença de material concentrado.
Recomendamos que não se pescasse no sul do Estado por precaução", disse o secretário.
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