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14/05/2010 - 21h46

Moradores de Perdizes avaliam rede de comunicação entre porteiros para reduzir violência

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JULIANNA GRANJEIA
colaboração para a Folha

O Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Perdizes, na zona oeste de São Paulo, estuda implantar radiocomunicadores em prédios da rua Apinajés onde, segundo o conselho, há reincidência de crimes. Nesta sexta-feira, a Polícia Militar intensificou o patrulhamento na região, a pedido de moradores, assustados com casos como o assassinato de um comerciante e uma tentativa de assalto que terminou com uma jovem baleada --ambos os crimes aconteceram na rua Apinajés.

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O projeto Prédios Antenados funciona há quatro anos em dez prédios na região do Sumaré e interligou os dez prédios por meio de radiocomunicadores. "Cada prédio comprou seu rádio e todos os porteiros se comunicam por meio dele. Qualquer atitude suspeita, um porteiro passa para o outro e, se preciso, eles ligam para o 190 ou direto para o telefone da companhia da PM da área", afirmou o vice-presidente do conselho, Marcos Cândido de Carvalho.

De acordo com ele, todos os rádios são homologados e licenciados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e possuem apenas uma frequência. "Nós achamos que interligar a comunicação entre os porteiros diminui criminalidade do local", afirmou a presidente do Conseg, Anna Cláudia Salles. O assunto está na pauta da próxima reunião do órgão, na terça-feira (18).

Carvalho afirmou que convive com os moradores dos prédios antenados e que eles aprovaram o projeto. "Os porteiros acham interessante porque é uma segurança maior para eles, também. Os síndicos também acharam que os rádios aumentaram a sensação de segurança", disse o vice-presidente.

Relacionamento

O capitão David Fernandes Pedrozza Júnior, comandante da Força Tática do 23º Batalhão da PM --responsável pelo patrulhamento da região de Perdizes--, afirmou que mais do que rádios, a comunidade precisa ter um relacionamento entre os moradores.

"A gente está perdendo muito contato humano, não falo só desse projeto de Perdizes, mas, de uma maneira geral, não conhecemos nossos vizinhos. Às vezes, um vizinho está sendo assaltado e suspeitamos de algo estranho, mas por não conhecer a rotina do próximo, não avisamos ninguém", disse o capitão.

Para ele, a iniciativa de radiocomunicadores é válida, desde que os aparelhos estejam licenciados e que não seja um projeto apenas para este momento. "É importante que se tenha um relacionamento, por telefone, rádio ou código, mas é importante também resgatar o comprometimento com o próximo. E tem que ser algo permanente e não só agora quando todos estão falando desse assunto", afirmou Pedrozza.

Segundo o capitão, no passado, na região de Perdizes, não houve registro de homicídios. "Um homicídio, na semana passada, chamou toda essa atenção, o que é justo e válido. O policiamento na região é bom, mas é preciso que as pessoas liguem para a PM quando virem algo estranho e registrem o boletim de ocorrência dos crimes", disse.

Editoria de Arte/Folha/Folha
 

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