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14/05/2003 - 08h19

Filha de criação diz que perdoou Vilma Martins

da Agência Folha

A empresária Vilma Martins Costa, 47, foi levada ontem para a CPP (Casa de Prisão Provisória) de Goiás, onde aguardará julgamento nos processos em que é acusada pelos sequestros de Pedrinho e de Roberta. Ela os registrou como filhos biológicos.

Roberta Jamilly Martins Borges, 24, disse que Vilma foi presa injustamente e que só ela e Pedrinho podem julgá-la, mas que ambos a perdoaram.

Detida na manhã de anteontem na casa de uma amiga, em Aparecida de Goiânia (GO), Vilma acabou sendo encaminhada ao Hospital de Urgências de Goiânia depois de uma crise de hipertensão e só teve alta na manhã de ontem.

Em depoimento à Deic (Delegacia Estadual de Investigações Criminais), antes de ser encaminhada à CPP, a empresária voltou a negar que tenha sequestrado Roberta Jamilly Martins Borges da maternidade de Maio, em 1979.

Um exame de DNA feito pela polícia concluiu que a jovem era Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva, filha de Francisca Maria Ribeiro da Silva, 63. Vilma teria forjado o parto em Itaguari (90 km de Goiânia).

O teste foi providenciado no decorrer do inquérito que apurava o desaparecimento de Pedro Braule Rosalino Pinto, o Pedrinho, da maternidade Santa Lúcia, em Brasília, em 1986.

Entrevista

Para Roberta, a mídia transformou Vilma "em uma pessoa má". Leia a entrevista:

Agência Folha - Para você, está havendo injustiça com sua mãe?

Roberta Jamilly Martins Borges - Lógico, não tem motivo para ela ir presa. Os crimes já estão prescritos. Ela não tem saúde boa. Foi injustiça de policial, falta de educação de repórteres de Goiânia. Não vêem que é um ser humano que está ali. Eles acham que é um cachorro, um qualquer. Tanta gente pior que está aí [sem ser presa'...

Agência Folha - Como está seu relacionamento com os irmãos?

Roberta - Está todo mundo dando força, mas sofrendo.

Agência Folha - Você tem falado com o Pedrinho?

Roberta - Tenho, ele também está preocupado. Ficou triste com a situação. Ela não causa problema à sociedade. Se alguém, algum dia, tiver de julgá-la, seremos eu e o Júnior [Pedrinho'. Nós já a perdoamos do fundo do coração.

Agência Folha - Como ela está sendo tratada pela polícia?

Roberta - Olha, eu não conversei isso com ela. A gente deve ir lá [Casa de Prisão Provisória] vê-la no domingo, que é o dia de visita.

Agência Folha - O que você está achando da opinião pública?

Roberta - [Espero] que os leitores sejam mais compreensivos, não julguem alguém que não sabem quem é. Os repórteres daqui [Goiânia] colocaram-na como uma pessoa má.

Agência Folha - Em relação ao que ela fez, os raptos dos bebês?

Roberta - Não... Se ela causou algum problema, dano, falta, só foi a mim e a meu irmão. E a gente já não está nem aí mais para esse tipo de coisa. E as pessoas querem ainda fazer graça.


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