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16/05/2003
-
03h47
Uma presa com quadro de depressão, um detento paraplégico e outra presa que se negou a fazer o café. Apesar de permanecerem anônimos no sistema prisional, vivem o mesmo regime de castigo dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Os três presos estão entre os 13 casos citados na representação da PAJ (Procuradoria da Assistência Judiciária) de São Paulo encaminhada à Corregedoria dos Presídios e à Secretaria da Administração Penitenciária.
Entre eles, o caso da presa Z.T.P., que teria sido incluída no RDD em Taubaté por ter se recusado a ir para a cozinha às 5h fazer o café e por ter arrancado um comunicado da parede. Segundo a PAJ, não havia no seu processo de execução informações sobre a sua transferência para o regime.
Em uma visita dos procuradores a Taubaté, em março deste ano, a presa disse que se recusou a fazer o café porque estava com medo de uma rebelião que estava prestes a acontecer.
"A rebelião ocorreu e ela foi parar no RDD com as mulheres que se rebelaram", disse a procuradora do Estado Carmen Silvia de Moraes Barros.
A PAJ também usou como exemplo o caso do preso A.P.A., paraplégico, interno no RDD de Taubaté. Segundo os procuradores, também não há informação no processo sobre o motivo da internação. "Fico pensando que grande perigo um paraplégico representa para o sistema", disse a procuradora do Estado.
Em outra situação narrada pela PAJ, o RDD virou alternativa para uma presa que apresentava quadro de depressão. Segundo a comunicação à Justiça, a presa A.F.L., que apresenta sintomas de depressão e falava em suicídio, foi internada no regime disciplinar no dia 7 de outubro do ano passado por "precaução".
Ela tentou suicídio "múltiplas" vezes em menos de dois meses, segundo relato do psiquiatra de Taubaté do dia 27 de novembro do ano passado. Foram cinco tentativas, segundo a PAJ. Só depois disso a presa foi transferida para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha (Grande SP).
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Paraplégico está entre os punidos pelo regime linha-dura
da Folha de S.PauloUma presa com quadro de depressão, um detento paraplégico e outra presa que se negou a fazer o café. Apesar de permanecerem anônimos no sistema prisional, vivem o mesmo regime de castigo dos principais líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
Os três presos estão entre os 13 casos citados na representação da PAJ (Procuradoria da Assistência Judiciária) de São Paulo encaminhada à Corregedoria dos Presídios e à Secretaria da Administração Penitenciária.
Entre eles, o caso da presa Z.T.P., que teria sido incluída no RDD em Taubaté por ter se recusado a ir para a cozinha às 5h fazer o café e por ter arrancado um comunicado da parede. Segundo a PAJ, não havia no seu processo de execução informações sobre a sua transferência para o regime.
Em uma visita dos procuradores a Taubaté, em março deste ano, a presa disse que se recusou a fazer o café porque estava com medo de uma rebelião que estava prestes a acontecer.
"A rebelião ocorreu e ela foi parar no RDD com as mulheres que se rebelaram", disse a procuradora do Estado Carmen Silvia de Moraes Barros.
A PAJ também usou como exemplo o caso do preso A.P.A., paraplégico, interno no RDD de Taubaté. Segundo os procuradores, também não há informação no processo sobre o motivo da internação. "Fico pensando que grande perigo um paraplégico representa para o sistema", disse a procuradora do Estado.
Em outra situação narrada pela PAJ, o RDD virou alternativa para uma presa que apresentava quadro de depressão. Segundo a comunicação à Justiça, a presa A.F.L., que apresenta sintomas de depressão e falava em suicídio, foi internada no regime disciplinar no dia 7 de outubro do ano passado por "precaução".
Ela tentou suicídio "múltiplas" vezes em menos de dois meses, segundo relato do psiquiatra de Taubaté do dia 27 de novembro do ano passado. Foram cinco tentativas, segundo a PAJ. Só depois disso a presa foi transferida para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha (Grande SP).
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