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17/09/2003
-
17h55
da Folha Online
Integrantes da CCT (Comissão de Ciência e Tecnologia) da Câmara dos Deputados decidiram convidar o apresentador Gugu Liberato, do SBT, para prestar esclarecimentos sobre a entrevista exibida no programa "Domingo Legal" com supostos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A data do depoimento ainda não foi definida.
Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo também decidiram convidar o apresentador para prestar esclarecimentos.
Segundo o requerimento da CCT, Gugu terá de explicar as denúncias que vem recebendo de fraude e apologia à violência na apresentação da reportagem.
A convocação via CCT é baseada no princípio de que comissão tem o dever constitucional de apurar os fatos apresentados sob suspeição de fraude pela determinação do artigo 221. Segundo o artigo, a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão deve atender, de preferência, a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, além do respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Exibida no último dia 7, a reportagem mostra dois homens encapuzados, que afirmam integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) e fazem ameaças a apresentadores de outras emissoras.
São Paulo
A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo esperava ouvir hoje o repórter Wagner Maffezoli, responsável pela entrevista. Em ofício enviado à comissão, a emissora afirma que Maffezoli está viajando, mas que ficará à disposição dos deputados quando retornar.
Durante a reunião, a comissão decidiu convidar Maffezoli novamente. Além dele, a expectativa é ouvir Gugu, Maurício Nunes, diretor do programa, e Rogério Casagrande, produtor. O delegado Alberto Pereira Matheus Júnior, do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), responsável pelas investigações do caso, também será convidado à depor, segundo os deputados. A expectativa é de que eles sejam ouvidos na próxima terça-feira.
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira. Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada a Maffezoli, que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte. Ainda segundo Gugu, ao questioná-lo se ele conhecia a dupla, Maffezoli disse que "integrante do PCC não anda com carteirinha".
Barney
Policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), que investigam o caso, tentarão agora localizar e colher o depoimento de Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, suspeito de organizar a entrevista com os supostos integrantes da facção.
O suspeito, que já teria atuado em pegadinhas, seria o responsável por "apresentar" os dois supostos criminosos à emissora.
Maffezoli já foi ouvido pelo Deic. Ele negou a fraude, mas não deu detalhes sobre o caso. Um cinegrafista, responsável pela filmagem da entrevista, também foi ouvido. O teor do depoimento não foi divulgado.
Um dos entrevistados --que apareceu encapuzado e usou o codinome de Alpha-- também é aguardado para depoimento no Deic.
Com Agência Câmara
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Integrantes da CCT (Comissão de Ciência e Tecnologia) da Câmara dos Deputados decidiram convidar o apresentador Gugu Liberato, do SBT, para prestar esclarecimentos sobre a entrevista exibida no programa "Domingo Legal" com supostos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). A data do depoimento ainda não foi definida.
Deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo também decidiram convidar o apresentador para prestar esclarecimentos.
Segundo o requerimento da CCT, Gugu terá de explicar as denúncias que vem recebendo de fraude e apologia à violência na apresentação da reportagem.
A convocação via CCT é baseada no princípio de que comissão tem o dever constitucional de apurar os fatos apresentados sob suspeição de fraude pela determinação do artigo 221. Segundo o artigo, a produção e a programação das emissoras de rádio e televisão deve atender, de preferência, a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas, além do respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Exibida no último dia 7, a reportagem mostra dois homens encapuzados, que afirmam integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital) e fazem ameaças a apresentadores de outras emissoras.
São Paulo
A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo esperava ouvir hoje o repórter Wagner Maffezoli, responsável pela entrevista. Em ofício enviado à comissão, a emissora afirma que Maffezoli está viajando, mas que ficará à disposição dos deputados quando retornar.
Divulgação Gugu pediu desculpas a apresentadores por entrevista |
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira. Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada a Maffezoli, que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte. Ainda segundo Gugu, ao questioná-lo se ele conhecia a dupla, Maffezoli disse que "integrante do PCC não anda com carteirinha".
Barney
Policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), que investigam o caso, tentarão agora localizar e colher o depoimento de Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, suspeito de organizar a entrevista com os supostos integrantes da facção.
O suspeito, que já teria atuado em pegadinhas, seria o responsável por "apresentar" os dois supostos criminosos à emissora.
Maffezoli já foi ouvido pelo Deic. Ele negou a fraude, mas não deu detalhes sobre o caso. Um cinegrafista, responsável pela filmagem da entrevista, também foi ouvido. O teor do depoimento não foi divulgado.
Um dos entrevistados --que apareceu encapuzado e usou o codinome de Alpha-- também é aguardado para depoimento no Deic.
Com Agência Câmara
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