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17/09/2003
-
20h06
da Folha Online
O produtor Rogério Casagrande, do programa "Domingo Legal", do SBT, disse hoje, segundo a Polícia Civil de São Paulo, que a emissora pagou R$ 3.000 para que Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, intermediasse uma entrevista com integrantes do PCC. Ele e o diretor do programa, Maurício Nunes, prestaram depoimento no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
Exibida no último dia 7, a reportagem mostra dois homens encapuzados, que afirmam integrar a facção criminosa e fazem ameaças a apresentadores de outras emissoras. A gravação virou alvo de investigação policial sob suspeitas de fraude. Deputados decidiram convidar o apresentador Gugu Liberato, do SBT, para depor.
Os entrevistados usaram os codinomes Alpha e Beta. Segundo o Deic, Alpha foi identificado como Wagner Faustino da Silva, que já esteve preso durante 11 meses sob acusação de roubar uma moto. A identidade de Beta não foi divulgada pela polícia. Para a polícia, eles não seriam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Casagrande disse ainda, segundo o Deic, que a produção do programa teria sido enganada por Barney. A polícia afirma que o desfecho do caso poderá ser concluido somente após depoimento de Alpha, Beta e Barney. A expectativa é de que eles se apresentem amanhã.
Defesa
O advogado de Barney, Luiz Cesar Barão, negou, em entrevista ao "Cidade Alerta", da Rede Record, que seu cliente tenha organizado a entrevista. Segundo ele, Barney não conhece os entrevistados e não tem nenhuma relação com a facção criminosa.
Segundo Barão, seu cliente não deverá se apresentar ao Deic nesta quinta-feira.
"Ele [Barney] é a pessoa certa para tomarem como 'bode expiatório'. É negro, pobre e desempregado", disse.
Depoimentos
Integrantes das comissões de Ciência e Tecnologia, da Câmara dos Deputados, e de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo decidiram convidar o apresentador Gugu para prestar esclarecimentos sobre a entrevista.
A Comissão de Segurança Pública esperava ouvir hoje o repórter Wagner Maffezoli, responsável pela entrevista. Em ofício enviado à comissão, a emissora afirma que Maffezoli está viajando, mas que ficará à disposição dos deputados quando retornar.
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira. Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada ao repórter Wagner Maffezoli, responsável pela reportegem e que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte. Ainda segundo Gugu, ao questioná-lo se ele conhecia a dupla, Maffezoli disse que "integrante do PCC não anda com carteirinha".
Com Agência Câmara
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O produtor Rogério Casagrande, do programa "Domingo Legal", do SBT, disse hoje, segundo a Polícia Civil de São Paulo, que a emissora pagou R$ 3.000 para que Hamilton Tadeu dos Santos, conhecido como Barney, intermediasse uma entrevista com integrantes do PCC. Ele e o diretor do programa, Maurício Nunes, prestaram depoimento no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
Exibida no último dia 7, a reportagem mostra dois homens encapuzados, que afirmam integrar a facção criminosa e fazem ameaças a apresentadores de outras emissoras. A gravação virou alvo de investigação policial sob suspeitas de fraude. Deputados decidiram convidar o apresentador Gugu Liberato, do SBT, para depor.
Os entrevistados usaram os codinomes Alpha e Beta. Segundo o Deic, Alpha foi identificado como Wagner Faustino da Silva, que já esteve preso durante 11 meses sob acusação de roubar uma moto. A identidade de Beta não foi divulgada pela polícia. Para a polícia, eles não seriam integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Casagrande disse ainda, segundo o Deic, que a produção do programa teria sido enganada por Barney. A polícia afirma que o desfecho do caso poderá ser concluido somente após depoimento de Alpha, Beta e Barney. A expectativa é de que eles se apresentem amanhã.
Defesa
O advogado de Barney, Luiz Cesar Barão, negou, em entrevista ao "Cidade Alerta", da Rede Record, que seu cliente tenha organizado a entrevista. Segundo ele, Barney não conhece os entrevistados e não tem nenhuma relação com a facção criminosa.
Segundo Barão, seu cliente não deverá se apresentar ao Deic nesta quinta-feira.
"Ele [Barney] é a pessoa certa para tomarem como 'bode expiatório'. É negro, pobre e desempregado", disse.
Depoimentos
Integrantes das comissões de Ciência e Tecnologia, da Câmara dos Deputados, e de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de São Paulo decidiram convidar o apresentador Gugu para prestar esclarecimentos sobre a entrevista.
A Comissão de Segurança Pública esperava ouvir hoje o repórter Wagner Maffezoli, responsável pela entrevista. Em ofício enviado à comissão, a emissora afirma que Maffezoli está viajando, mas que ficará à disposição dos deputados quando retornar.
Desculpas
Gugu falou sobre o caso, pela primeira vez, na segunda-feira. Ele pediu desculpas nominalmente aos apresentadores José Luiz Datena (Band, que ligou e entrou ao vivo), Marcelo Rezende (Rede TV!) e Oscar Roberto de Godoy (Record), entre outros que foram ameaçados pelos supostos criminosos.
Apesar do pedido, Gugu tentou se eximir de qualquer responsabilidade no caso ao dizer que não assistiu à entrevista antes de colocá-la no ar. Toda a "culpa" foi dada ao repórter Wagner Maffezoli, responsável pela reportegem e que pode ter sido "enganado", conforme Gugu.
O apresentador esteve no programa de Hebe Camargo e, depois, por telefone, falou com Roberto Cabrini, da Bandeirantes. Segundo Gugu, Maffezoli lhe disse que os dois supostos criminosos foram apresentados a ele por uma fonte. Ainda segundo Gugu, ao questioná-lo se ele conhecia a dupla, Maffezoli disse que "integrante do PCC não anda com carteirinha".
Com Agência Câmara
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