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04/11/2003
-
13h32
da Folha Online
A polícia procura suspeitos de envolvimento nos atentados ocorridos em São Paulo. As polícias Civil e Militar e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foram alvos de criminosos. Os ataques, atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), resultaram na morte de dois policiais e deixaram nove feridos --seis PMs e três guardas.
Foram tiros disparados contra bases comunitárias, postos policiais, carros e delegacias. Também foram lançadas granadas. Pelo menos 18 ações contra a polícia e a guarda foram contabilizadas desde domingo.
De acordo com o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), os mandantes dos ataques foram identificados --seriam presos que protestam contra o regime disciplinar--, mas os executores das ações ainda não foram presos.
A principal linha de investigação envolve uma lista de reivindicações entregue pelo PCC à direção do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de SP), unidade em que estão os principais líderes da facção. As exigências modificam o funcionamento do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) e ampliam a variedade de itens de limpeza, de higiene e, principalmente, de alimentos que os presos podem receber dos familiares.
A Polícia Militar realiza hoje uma revista em 14 presídios de São Paulo, com o objetivo de apreender celulares, armas e drogas. Entre as unidades estão as penitenciárias de Avaré, Iperó, Iaras e Araraquara, no interior, os CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Guarulhos e Osasco, na Grande São Paulo, e os CDPs de Parelheiros e Belém, na capital. De acordo com a corporação, não há ligação entre as operações e os atentados.
Base móvel
Os ataques começaram às 2h40 do último domingo, com disparos contra uma base móvel da PM na rua Paim, na Bela Vista, centro de São Paulo. Dois soldados ficaram feridos.
Foram registradas ações em Santo André, em Perus (zona norte), onde o sargento da PM morreu e um soldado ficou ferido, e em Sapopemba (zona leste), onde dois guardas civis foram atingidos. No mesmo local, um sargento foi baleado de raspão na cabeça.
Também aconteceram ataques em Jardim Miriam (zona sul), Itaim Paulista e Cidade Tiradentes (zona leste), Santos e Guarujá (litoral), onde um policial foi atingido por tiros.
Ontem pela manhã uma granada foi encontrada sob um carro estacionado no pátio do 43º DP (Cidade Ademar), zona sul.
Delegacia
Na noite de ontem, novos ataques ocorreram, envolvendo também delegacias. A fachada do 47º DP, no Capão Redondo, zona sul, foi atingida por vários disparos de metralhadora feitos por um grupo de quatro homens que estavam em um Santana vinho. O carro foi encontrado no município de Embu, na Grande São Paulo. Ninguém foi preso.
Um carro do 68º DP (Jardim Lajeado), na zona leste, foi atingido por uma bomba. O veículo estava estacionado na garagem da casa de um investigador. Ninguém ficou ferido.
Também no Capão Redondo, um carro da Polícia Militar foi cercado e atacado por um grupo armado quando realizava uma ronda escolar na estrada de Itapecerica da Serra. Um PM ficou ferido no braço.
Um carro do DIG (Departamento de Investigações Gerais) foi metralhado quando se aproximava da favela Morro do Índio, em Santos. No Jardim São Marcos, em Embu, na Grande São Paulo, um guarda foi baleado no pé, após o carro onde estava ter sido atacado a tiros por três homens.
No Grajaú, cinco homens atacaram a base da GCM na rua São Caetano. De acordo com o Comando Sul da guarda, houve troca de tiros e um dos suspeitos, identificado como Leandro Machado, 23, foi baleado e morreu no hospital. No Jabaquara, uma base da guarda também foi atingida por tiros.
Com Folha de S.Paulo
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A polícia procura suspeitos de envolvimento nos atentados ocorridos em São Paulo. As polícias Civil e Militar e a GCM (Guarda Civil Metropolitana) foram alvos de criminosos. Os ataques, atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), resultaram na morte de dois policiais e deixaram nove feridos --seis PMs e três guardas.
Foram tiros disparados contra bases comunitárias, postos policiais, carros e delegacias. Também foram lançadas granadas. Pelo menos 18 ações contra a polícia e a guarda foram contabilizadas desde domingo.
De acordo com o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), os mandantes dos ataques foram identificados --seriam presos que protestam contra o regime disciplinar--, mas os executores das ações ainda não foram presos.
A principal linha de investigação envolve uma lista de reivindicações entregue pelo PCC à direção do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes (589 km de SP), unidade em que estão os principais líderes da facção. As exigências modificam o funcionamento do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) e ampliam a variedade de itens de limpeza, de higiene e, principalmente, de alimentos que os presos podem receber dos familiares.
A Polícia Militar realiza hoje uma revista em 14 presídios de São Paulo, com o objetivo de apreender celulares, armas e drogas. Entre as unidades estão as penitenciárias de Avaré, Iperó, Iaras e Araraquara, no interior, os CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Guarulhos e Osasco, na Grande São Paulo, e os CDPs de Parelheiros e Belém, na capital. De acordo com a corporação, não há ligação entre as operações e os atentados.
R. Ventura/Folha Imagem |
Computador com sangue em base onde PM morreu |
Os ataques começaram às 2h40 do último domingo, com disparos contra uma base móvel da PM na rua Paim, na Bela Vista, centro de São Paulo. Dois soldados ficaram feridos.
Foram registradas ações em Santo André, em Perus (zona norte), onde o sargento da PM morreu e um soldado ficou ferido, e em Sapopemba (zona leste), onde dois guardas civis foram atingidos. No mesmo local, um sargento foi baleado de raspão na cabeça.
Também aconteceram ataques em Jardim Miriam (zona sul), Itaim Paulista e Cidade Tiradentes (zona leste), Santos e Guarujá (litoral), onde um policial foi atingido por tiros.
Ontem pela manhã uma granada foi encontrada sob um carro estacionado no pátio do 43º DP (Cidade Ademar), zona sul.
Delegacia
Na noite de ontem, novos ataques ocorreram, envolvendo também delegacias. A fachada do 47º DP, no Capão Redondo, zona sul, foi atingida por vários disparos de metralhadora feitos por um grupo de quatro homens que estavam em um Santana vinho. O carro foi encontrado no município de Embu, na Grande São Paulo. Ninguém foi preso.
J. Copolla/Folha Imagem |
Base da Guarda Civil Metropolitana é atacada |
Também no Capão Redondo, um carro da Polícia Militar foi cercado e atacado por um grupo armado quando realizava uma ronda escolar na estrada de Itapecerica da Serra. Um PM ficou ferido no braço.
Um carro do DIG (Departamento de Investigações Gerais) foi metralhado quando se aproximava da favela Morro do Índio, em Santos. No Jardim São Marcos, em Embu, na Grande São Paulo, um guarda foi baleado no pé, após o carro onde estava ter sido atacado a tiros por três homens.
No Grajaú, cinco homens atacaram a base da GCM na rua São Caetano. De acordo com o Comando Sul da guarda, houve troca de tiros e um dos suspeitos, identificado como Leandro Machado, 23, foi baleado e morreu no hospital. No Jabaquara, uma base da guarda também foi atingida por tiros.
Com Folha de S.Paulo
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