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18/11/2003 - 00h34

Passeata pedirá punição a assassinos de casal de namorados

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da Folha Online

Uma passeata será realizada no próximo sábado (22), em São Paulo, para protestar contra a morte dos estudantes Liana Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19, e pedir punição para os assassinos.

A informação foi dada pelo advogado Ari Friedenbach, pai de Liana, e pela enfermeira Lenice Silva Caffé, mãe de Felipe, entrevistados na noite desta segunda-feira no programa "Hebe", do SBT.

A passeata deve sair do colégio São Luís, na região central de São Paulo e onde os adolescentes estudavam, e seguirá até a Assembléia Legislativa, na avenida Pedro Álvares Cabral, em Moema (zona sul).

De acordo com Lenice, a passeata deve contar com a presença da mãe da estudante Gabriela do Prado Ribeiro, 14, morta durante um assalto à estação São Francisco Xavier do metrô (Tijuca, zona norte), no dia 25 de março, e do pai do menino Ives Ota, morto aos 8 anos durante um sequestro em 1997, em São Paulo.

Indignação

O pai de Liana criticou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que é contra a redução da maioridade penal. Para ele, a posição de Thomaz Bastos "é respeitável enquanto cidadão", mas que como ministro ele deve promover uma discussão maior sobre o assunto.

Quanto ao adolescente de 16 anos, acusado de ter assassinado os estudantes, Ari disse que a punição ao menor não deve ter o resultado esperado. Para ele, alguns adolescentes infratores cometem crimes pequenos e merecem investimentos para que sejam recuperados, "outros monstros" são irrecuperáveis.

"Ele vai para a Febem para se tornar mais um Batoré", disse.

Investigação

O inquérito que investiga a morte dos estudantes, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, deve ser concluído nesta semana. Nesta segunda-feira foi realizada a reconstituição dos assassinatos e o documento final deve ser entregue à Justiça até a próxima sexta-feira.

A reconstituição, que começou às 8h30 e só terminou às 14h, foi acompanhada por peritos do Instituto de Criminalística de Taboão da Serra, entre eles a perita-chefe Angela Saporito, e pelo promotor Marcus Patrick de Oliveira Manfrin.

Para esclarecer pontos contraditórios nos depoimentos, o adolescente e Paulo César da Silva Marques, 32, o Pernambuco, foram levados à mata, já que eles seriam os autores dos assassinatos.

Liana foi violentada e torturada pelos acusados, segundo afirmaram policiais que investigam o crime. R.A.C. 'idealizou o abuso contra Liana, oferecendo-a aos outros comparsas', disse o delegado Silvio Balangio Júnior, da Delegacia Seccional de Taboão da Serra.

Felipe morreu com um tiro na nuca no último dia 2, e Liana, a facadas, na madrugada do dia 5, segundo a polícia. Ainda segundo a polícia, o adolescente foi o responsável por matar Liana e ajudou Pernambuco, a matar Felipe.

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